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26/10/2006 - 10h01

Roseana já acena para o PMDB e corteja aliados

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MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo

Pressionada pela direção do PFL após declarar apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Roseana Sarney, candidata ao governo do Maranhão, já tem a sua filiação encaminhada no PMDB.

Roseana pretende levar para a legenda antigos aliados, como o senador Edison Lobão (PFL-MA) e Epitácio Cafeteira (PTB-MA), eleito senador.

O deputado Zequinha Sarney (MA) deve deixar o PV, que não ultrapassou a cláusula de barreira, e também cogita filiar-se ao PMDB.

A aliança entre Roseana e Lula, que anteontem dividiram o palanque no Estado da senadora, também enfrentou resistência explícita de parte da cúpula do PT.

O presidente Lula, no entanto, revela que sua preocupação primordial para um eventual segundo mandato é a construção da maioria no Congresso, o que garantiria ao novo governo as condições necessárias para a administrar.

Lula passou a telefonar diretamente para aliados e possíveis colaboradores, sobretudo depois do segundo turno. Aconselhado pela ala governista do PMDB, Lula recebeu, inclusive, uma lista de nomes de lideranças do partido para as quais deveria dedicar atenção especial. Os nomes foram selecionados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

Ao longo do mandato, Lula resistiu a fazer contatos diretamente. Mas foi criticado por interlocutores mais próximos por, por exemplo, não ter interferido diretamente na eleição para a presidência da Câmara. Os aliados repetiam a Lula que Fernando Henrique Cardoso sempre afagou os egos de seus futuros aliados, o que rendeu bons frutos. A necessidade de atrair o apoio das lideranças do PMDB alterou tal comportamento.

Na avaliação de aliados do presidente, a garantia de governabilidade é o primeiro sinal que ele deve apresentar para investidores e o sistema financeiro, se reeleito. Somente com o apoio do PMDB e de setores da oposição Lula conseguirá aprovar as reformas política, tributária e previdenciária.

Lula disse a dirigentes do PMDB que está disposto a explicar ao PT a necessidade de abrir espaços para outras legendas num próximo mandato. Fará isso gradualmente, enquanto busca ampliar o leque de aliados peemedebistas.

As preocupações imediatas de Lula são duas: as presidências do PMDB e do PT. O presidente do PMDB, Michel Temer, apoiou Geraldo Alckmin. Mas tem conversado com Renan Calheiros. A idéia dos aliados de Lula é que as negociações com o PMDB para a formação de um próximo governo seja feita por uma espécie de "comissão de notáveis" do partido, incluindo Temer.

No PT, o desafio é encontrar uma fórmula para mudar definitivamente a presidência e o diretório, reduzindo o poder do grupo paulista.

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