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26/10/2006 - 14h22

Coordenador da campanha de Lula comemora pesquisa, mas evita o "salto alto"

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, Marco Aurélio Garcia, comemorou nesta quinta-feira os resultados da pesquisa CNT Sensus que aponta a diferença de 24 pontos percentuais do petista sobre Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo Garcia, a vantagem do presidente está ligada à "linha de campanha" adotada pelos petistas ao longo do segundo turno.

"Demos maior nitidez programática à campanha, expressando de forma mais clara o programa e chamando a atenção do povo sobre as questões que estavam em jogo", disse.

Garcia evitou comemorar a vitória antecipadamente, mas disse que os candidatos petistas que disputam o segundo turno em vários Estados também têm vantagem sobre os adversários --especialmente no Rio Grande do Sul, onde Garcia disse que a vantagem de Yeda Crusius (PSDB) caiu para seis pontos percentuais em relação ao petista Olívio Dutra.

Na opinião de Garcia, a estratégia da oposição de dividir os eleitores de Lula em "duas classes" não pegou. "Não existe cidadania de primeira ou segunda classe. Existem grandes bestas políticas com doutorado e pós-doutorado. Essa tentativa de desqualificar o eleitorado, de que os ignorantes votam no Lula, não resiste nem às pesquisas", criticou.

O coordenador da campanha de Lula fez um apelo para que a militância petista permaneça mobilizada até domingo, sem comemorar vitória antes da apuração das urnas. "Daqui até domingo, quando a batalha é mais árdua, teremos a militância nas ruas, principalmente nos Estados onde a disputa é mais acirrada", disse.

Dossiê

Garcia disse não acreditar que o dinheiro para a compra do dossiê antitucano tenha vindo do caixa 2 do PT --como revelou hoje o jornal Folha de S. Paulo. Segundo ele, o R$ 1,7 milhão que seria utilizado para a compra do dossiê não saiu das "instituições formais" do partido.

Ele também afirmou não estar preocupado com nenhuma nova denúncia a ser lançada pela oposição nos próximos dias, às vésperas do segundo turno. "Os brasileiros sabem que o governo se preocupa com a ética. Isso é um velho viés da direita brasileira que se considera tendo o monopólio da ética", disse.

Garcia teme apenas que surjam novos documentos apócrifos contra a candidatura Lula que, segundo ele, foram apreendidos no Pará nesta quarta-feira e hoje em Belo Horizonte (MG).

Oposição

O coordenador de Lula acredita que, se Lula for reeleito no próximo domingo, o presidente conseguirá dialogar com a oposição no segundo mandato. "Infeliz do país que não tem oposição. Precisamos de oposição forte, mobilizada, propositiva. O PT se fortaleceu na oposição e no governo", disse.

Garcia admitiu, no entanto, que será mais "fácil" para o presidente governar com maioria no Congresso Nacional e governadores aliados na maioria dos Estados.

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