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26/10/2006 - 14h25

Lula diz que países ricos não podem ditar regras sobre política ambiental

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje um balanço da política de desmatamento na Amazônia. Em discurso, Lula criticou os países desenvolvidos que querem ditar regras de política ambiental, mas "por ganância" se recusam a assinar tratados definidos em encontros internacionais. Ele defendeu a soberania da Amazônia e disse que "quem quiser conhecer ou explorar a região terá que pedir licença para o Brasil".

"Eles [países desenvolvidos] têm pouco a nos dar conselho sobre cuidar do meio ambiente porque só foram descobrir que era necessário cuidar quando desmataram todo o seu território, mesmo assim, muitos dos protocolos internacionais, assinados para preservar o meio ambiente e diminuir a poluição emitida pelos países ricos, eles não querem concordar", criticou.

Segundo o presidente, "nas conferencias internacionais se tomam as mais belas decisões, mas que depois não são adotadas [pelos países ricos] porque são incompatíveis com a vontade e ganância de alguns países."

Lula disse ainda que o seu governo está "provando ao mundo" que é possível combinar políticas ambientais com desenvolvimento. "O Brasil está provando ao mundo que é possível ter crescimento, mas ordenado, levar empresas para a Amazônia menos poluentes, cuidar das nossas águas", afirmou.

Para tanto, continuou o presidente, foram adotadas medidas que receberam críticas de alguns setores, mas que terão um reconhecimento com o passar dos anos. "Este governo não teve medo de brigar com um e outro", ressaltou.

Balanço

Os dados apresentados pelo governo indicam uma estimativa de queda de 52% de desmatamento neste ano com relação a 2003 e 2004 e de 30% com relação a 2004 e 2005. Estes percentuais irão se confirmar, segundo a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), se o governo atingir a meta de 13.100 quilômetros neste ano.

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