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26/10/2006 - 22h48

PF localiza um dos "laranjas" do caso dossiê em Ouro Preto

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Ouro Preto

Um dos supostos laranjas utilizados para retirar dinheiro na casa de câmbio Vicatur, em Nova Iguaçu (RJ), Viviane Gomes da Silva trabalha como recepcionista na Pousada Ouro Preto, em Minas, uma hospedaria simples que pertence a Gerson Luiz Cotta, candidato a vereador na cidade mineira, pelo PFL, na eleição de 2004.

Viviane não quis aparecer hoje em Ouro Preto, onde trabalha e mora. Viviane é enteada de Gerson, segundo informaram funcionários da pousada. Ela recebe cerca de R$ 450 mensais pelo trabalho, que realiza junto com uma irmã.

Ouvida na tarde de ontem pela Polícia Federal na cidade histórica mineira, ela negou ter realizado uma operação de compra de um lote de US$ 44,3 mil, no dia 21 de agosto, no guichê da Vicatur. Viviane disse aos policiais que apenas fornecera seus dados a representantes da casa de câmbio, procedimento que, segundo ela, também teria sido feito por outros familiares seus que residem em Magé (RJ).

Na residência onde ela mora com a mãe, o padrasto e uma irmã --um sobrado em que na parte de baixo funciona um depósito de material de construção e em cima são apartamentos--, uma pessoa que se identificou como sendo a empregada informou, pelo interfone, que não havia ninguém em casa. Durante quase toda a tarde ninguém entrou ou saiu do sobrado.

No final da manhã, pelo telefone da casa, a Folha conseguiu falar com Cotta. Mas ele não quis dar nenhuma informação. "No momento, eu não tenho nada a declarar. Você pode ter certeza de que vou estar pronto para responder qualquer pergunta. Mas, no momento, não tenho nada a declarar. Está havendo uma investigação, então não posso antecipar", afirmou Cotta.

A reportagem insistiu, querendo saber se ele também está envolvido na história e como teria se dado esse envolvimento. "Realmente, não tenho nada a declarar, mas em uma hora oportuna eu posso declarar."

Os dólares retirados por Viviane fariam parte de uma parcela de US$ 110 mil que teria sido usada para a compra do dossiê tucano por petistas. A operação atribuída a Viviane consta dos registros de operações que a Vicatur informou ao Banco Central --uma obrigação das casas autorizadas a fazer transações com moeda estrangeira.

Além dela, seu pai, Levi Luiz da Silva Filho, que mora no Rio, também teria fornecido seus dados para que a Vicatur realizasse os saques. Um terceiro membro da família, que mora em Ouro Preto, também teria sido ouvido pela PF ontem.

Na Pousada Ouro Preto, ninguém apareceu para trabalhar hoje. Lidiane, irmã de Viviane, está em licença maternidade faz dois meses, disseram funcionários da hospedaria. Já Viviane, informaram eles, não foi trabalhar porque teve que levar o filho ao médico.

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