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27/10/2006
-
09h36
da Folha de S.Paulo
A três dias das eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou ontem que esteja "no rol dos que querem o impeachment [do presidente Lula, caso ele seja reeleito]". "Essa não é minha idéia. Eleição você respeita. O povo decidiu está decidido", disse.
Em entrevista concedida à rádio Bandnews FM na manhã de ontem, FHC disse que o PSDB não deixará de apoiar as propostas que levem em conta os interesses nacionais. "[O PSDB] vai votar do mesmo jeito." Embora repetindo que "a voz do povo tem de ser respeitada", salientou: "Isso não quer dizer que os erros não tenham que ser punidos". E acrescentou: "Como vamos concordar com o fato de não apurar o que está todo mundo vendo, desvio de pessoas não só ligados ao PT como ao presidente para a compra desse dossiê infame? Vamos calar a boca? Fazer de conta que não existe?".
Citando o caso específico das privatizações, FHC disse que o PSDB será crítico ao que chamou de mistificação do presidente: diz uma coisa e faz outra.
"Ele não tem que pedir que o PSDB baixe a cabeça. Tem que governar", disse. FHC afirmou que, como sociólogo, não pode "ficar gritando contra as pesquisas" --que apontam tendência de vitória de Lula-- e atribuiu o cenário à falta de firmeza do partido, não só de Alckmin, na defesa de suas idéias.
Futuro
"O PSDB tem que ser mais enérgico na defesa de suas crenças, do que fez", disse FHC, lembrando a privatização da Vale do Rio Doce e da Telebrás.
Segundo ele, o PSDB terá que discutir seu futuro após as eleições. Reforçando a crítica de tucanos de que o partido perdeu sua identidade, disse que "o PSDB tem que voltar a ter idéias que levem o país adiante". "Tem que ter clareza. Todos os partidos têm que ter posição". Além disso, sugeriu, "o partido tem que se organizar mais, ter estrutura que faça um vínculo com a sociedade".
Segundo ele, o PSDB deve voltar a discutir com o meio acadêmico, "com a Igreja, com os sindicatos e com essa imensa classe média desamparada".
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
FHC nega defender impeachment de Lula
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A três dias das eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou ontem que esteja "no rol dos que querem o impeachment [do presidente Lula, caso ele seja reeleito]". "Essa não é minha idéia. Eleição você respeita. O povo decidiu está decidido", disse.
Em entrevista concedida à rádio Bandnews FM na manhã de ontem, FHC disse que o PSDB não deixará de apoiar as propostas que levem em conta os interesses nacionais. "[O PSDB] vai votar do mesmo jeito." Embora repetindo que "a voz do povo tem de ser respeitada", salientou: "Isso não quer dizer que os erros não tenham que ser punidos". E acrescentou: "Como vamos concordar com o fato de não apurar o que está todo mundo vendo, desvio de pessoas não só ligados ao PT como ao presidente para a compra desse dossiê infame? Vamos calar a boca? Fazer de conta que não existe?".
Citando o caso específico das privatizações, FHC disse que o PSDB será crítico ao que chamou de mistificação do presidente: diz uma coisa e faz outra.
"Ele não tem que pedir que o PSDB baixe a cabeça. Tem que governar", disse. FHC afirmou que, como sociólogo, não pode "ficar gritando contra as pesquisas" --que apontam tendência de vitória de Lula-- e atribuiu o cenário à falta de firmeza do partido, não só de Alckmin, na defesa de suas idéias.
Futuro
"O PSDB tem que ser mais enérgico na defesa de suas crenças, do que fez", disse FHC, lembrando a privatização da Vale do Rio Doce e da Telebrás.
Segundo ele, o PSDB terá que discutir seu futuro após as eleições. Reforçando a crítica de tucanos de que o partido perdeu sua identidade, disse que "o PSDB tem que voltar a ter idéias que levem o país adiante". "Tem que ter clareza. Todos os partidos têm que ter posição". Além disso, sugeriu, "o partido tem que se organizar mais, ter estrutura que faça um vínculo com a sociedade".
Segundo ele, o PSDB deve voltar a discutir com o meio acadêmico, "com a Igreja, com os sindicatos e com essa imensa classe média desamparada".
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