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27/10/2006
-
10h10
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
Até por imposição das regras, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, deverá manter o tom brando hoje no debate da TV Globo. Ontem, o PSDB vivia um dilema sobre qual discurso Alckmin adotará na reta final da corrida presidencial.
Mas, mantida, a estratégia do coordenador de comunicação, Luiz Gonzalez, é de apostar na ampliação do eleitorado com a conquista de indecisos, além de preservar a biografia do candidato tucano.
Como as regras do debate impedem o confronto direto, Alckmin passou o dia ensaiando falas endereçadas ao eleitor. A idéia é demarcar suas diferenças com Lula.
A estratégia, até ontem, previa que Alckmin explorasse a questão ética, mas sem perder de vista o eleitor que ainda espera propostas para analisar e decidir em quem vai votar.
Havia forte pressão política para que ele fosse tão duro como no primeiro debate, da TV Bandeirantes.
Manso
Segundo um integrante do comando da campanha do PSDB, Alckmin estava dividindo entre sua "alma" e os conselhos de Gonzalez. Na cúpula do PSDB, a orientação foi para que fosse manso.
O tucano gravou ontem cenas do último programa. O tom seria emocional, numa tentativa de transmitir indignação frente aos escândalos. Estava prevista ainda uma cena de Alckmin com a mulher e os filhos, na qual ele falaria da importância deles para sua caminhada e lembraria valores como "sinceridade" e "respeito".
Pela manhã, Alckmin disse que não aborda a evolução patrimonial de Fábio Luis, filho de Lula, ao longo da campanha, porque não tem "nada contra a pessoa" de seu adversário.
Em sabatina promovida ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Alckmin admitiu que o atraso para o início do horário eleitoral teve peso para o aumento da vantagem de Lula. "Na medida que ficamos 12 dias sem programa na televisão, é claro que prejudica."
Ele também citou a vantagem do presidente que concorre no cargo. Ressaltando que o PSDB "é fraco em muitos Estados", Alckmin lembrou ter deixado o cargo de governador em março, enquanto Lula continuava na Presidência.
Na quarta-feira, Alckmin fez um apelo para que o senador Cristovam Buarque --candidato do PDT derrotado no primeiro turno-- declarasse voto nele. O argumento foi o de que Alckmin perdeu muitos eleitores depois que foi rotulado de privatista. A declaração de Cristovam neutralizaria o movimento de eleitores dele e Heloísa Helena para Lula.
Cristovam, no entanto, repete que não pode expor seu voto. Apenas fazer análises do momento. Ontem, ao analisar as pesquisas, Cristovam disse que o quadro é "desolador". Ele reafirmou o "medo" de um segundo governo Lula.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Tucano deve mesclar questão ética com apresentação de propostas em debate
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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
Até por imposição das regras, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, deverá manter o tom brando hoje no debate da TV Globo. Ontem, o PSDB vivia um dilema sobre qual discurso Alckmin adotará na reta final da corrida presidencial.
Mas, mantida, a estratégia do coordenador de comunicação, Luiz Gonzalez, é de apostar na ampliação do eleitorado com a conquista de indecisos, além de preservar a biografia do candidato tucano.
Como as regras do debate impedem o confronto direto, Alckmin passou o dia ensaiando falas endereçadas ao eleitor. A idéia é demarcar suas diferenças com Lula.
A estratégia, até ontem, previa que Alckmin explorasse a questão ética, mas sem perder de vista o eleitor que ainda espera propostas para analisar e decidir em quem vai votar.
Havia forte pressão política para que ele fosse tão duro como no primeiro debate, da TV Bandeirantes.
Manso
Segundo um integrante do comando da campanha do PSDB, Alckmin estava dividindo entre sua "alma" e os conselhos de Gonzalez. Na cúpula do PSDB, a orientação foi para que fosse manso.
O tucano gravou ontem cenas do último programa. O tom seria emocional, numa tentativa de transmitir indignação frente aos escândalos. Estava prevista ainda uma cena de Alckmin com a mulher e os filhos, na qual ele falaria da importância deles para sua caminhada e lembraria valores como "sinceridade" e "respeito".
Pela manhã, Alckmin disse que não aborda a evolução patrimonial de Fábio Luis, filho de Lula, ao longo da campanha, porque não tem "nada contra a pessoa" de seu adversário.
Em sabatina promovida ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Alckmin admitiu que o atraso para o início do horário eleitoral teve peso para o aumento da vantagem de Lula. "Na medida que ficamos 12 dias sem programa na televisão, é claro que prejudica."
Ele também citou a vantagem do presidente que concorre no cargo. Ressaltando que o PSDB "é fraco em muitos Estados", Alckmin lembrou ter deixado o cargo de governador em março, enquanto Lula continuava na Presidência.
Na quarta-feira, Alckmin fez um apelo para que o senador Cristovam Buarque --candidato do PDT derrotado no primeiro turno-- declarasse voto nele. O argumento foi o de que Alckmin perdeu muitos eleitores depois que foi rotulado de privatista. A declaração de Cristovam neutralizaria o movimento de eleitores dele e Heloísa Helena para Lula.
Cristovam, no entanto, repete que não pode expor seu voto. Apenas fazer análises do momento. Ontem, ao analisar as pesquisas, Cristovam disse que o quadro é "desolador". Ele reafirmou o "medo" de um segundo governo Lula.
Especial
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