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27/10/2006 - 21h04

José Maranhão pede investigação sobre compra de votos na Paraíba

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CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha

O candidato do PMDB ao governo da Paraíba, José Maranhão, pediu hoje ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a investigação da candidatura de seu adversário Cássio Cunha Lima (PSDB). A decisão foi tomada após acusação de compra de votos contra o tucano.

Ontem, a Polícia Rodoviária Federal recebeu denúncia anônima e apreendeu R$ 42,9 mil em dez envelopes com nomes de políticos do interior do Estado e sete CDs com a inscrição "Cássio 45" na capa. A coligação tucana disse que o dinheiro é da campanha e está declarado.

O dinheiro estava em um carro com o diretor administrativo e financeiro da Secretaria de Controle e Despesa Pública do governo da Paraíba, Gláucio Arnaud de Medeiros, e com o motorista Reinaldo da Silva.

A apreensão foi feita na cidade de Bayeux, região metropolitana de João Pessoa. Medeiros e Silva foram presos em flagrante e encaminhados à sede da superintendência da Polícia Federal em João Pessoa.

Segundo a PF, o inquérito vai apurar se houve compra de votos. "Agora, a perícia vai analisar o conteúdo dos CDs, a origem do dinheiro e qual era o destino dele", disse Deusimar Guedes, assessor da PF.

Os acusados foram autuados por corrupção eleitoral, de acordo com o artigo 299 do Código Eleitoral. A pena pode chegar a quatro anos de prisão.

"Nós acreditamos que houve outros casos de compra de votos. Essa apreensão é só a ponta do iceberg", disse Marcelo Weick, coordenador jurídico da campanha de Maranhão.

No pedido de investigação feito ao TRE, os advogados do peemedebista solicitam a inelegibilidade de Cunha Lima e a cassação do registro de sua candidatura, por abuso de poder econômico e político e captação ilegal de votos.

Outro lado

O coordenador jurídico da campanha de Cássio Cunha Lima, Luciano Pires, classificou a situação como "um ato monstruoso de alguém que está desesperado por votos". "Os recursos estão todos contabilizados e foram arrecadados legalmente pela campanha", afirmou.

De acordo com Pires, depois da distribuição do dinheiro para pagamentos de despesas da campanha, como carros de som e gasolina, a coligação prestaria contas ao TRE.

"Os funcionários do governo foram ilegalmente detidos. Eles não cometeram nenhum tipo de crime", disse Pires.

No início desta noite, a Justiça Eleitoral considerou legal o dinheiro e pediu a liberação dos recursos e o material de campanha apreendidos. O pedido para a liberação dos presos também foi feito.

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