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28/10/2006 - 11h29

Para Lula, desespero político levou PSDB a arrumar "laranja podre"

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT, afirmou neste sábado, véspera do segundo turno das eleições, que o "desespero político" levou uma pessoa do PSDB a arrumar um "laranja podre" para fazer denúncias ligadas ao dossiegate.

"Ontem, nós vimos uma pessoa do PSDB de Minas Gerais arrumar um laranja podre, que fez o trabalho sujo, e que foi desvendada em poucas horas porque a mentira tem perna curta", afirmou o presidente durante caminhada no centro comercial de São Bernardo, no ABC Paulista.

A Polícia Federal pediu ontem a prisão temporária do falso laranja Luiz Armando Silvestre Ramos. Ele se apresentou como Aguinaldo Henrique Delino e afirmou, em depoimento à PF, que havia levado R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT).

O presidente Lula insistiu que, desde o início da crise, questionou quem era o "arquiteto" do episódio. "Não era eu que precisava do dossiê", ressaltou o petista.

Segundo Lula, apesar do escândalo, o povo brasileiro não será manipulado. "O povo brasileiro disse em alto e bom som: 'Eu sou dono do meu nariz, eu consigo pensar, eu consigo entender o que está acontecendo no Brasil. Não vou acreditar nas mentiras que estão sendo contadas'", afirmou o presidente.

Emoção

Lula comentou a emoção de realizar esse ato em São Bernardo, onde ele "nasceu para a política". Ele chegou às 10h40 e caminhou por cerca de 45 minutos, acompanhado por milhares de militantes.

O presidente voltou a enfatizar que, caso seja reeleito, seu segundo mandato será focado em desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade. Para alcançar esses objetivos ele pretende investir na construção civil, na indústria de bens de capital, entre outros segmentos.

O presidente afirmou que, terminada as eleições, sua preocupação é garantir a governabilidade, independentemente de quem vença. "Eu acho que a sociedade brasileira clama por isso. Os partidos políticos entendem que têm hora de brigar e hora da gente votar e administrar o país. E vocês sabem que sou um homem de paz: eu não consigo confundir as minhas divergência de disputa eleitoral com a governabilidade. Ou seja, quem ganhar governa esse país", disse.

O petista disse que não considera esse o último ato de campanha porque ainda tem o "ato de votar" neste domingo. Questionado sobre a festa para sua eventual vitória, como apontam as pesquisas de intenção de voto, Lula saiu pela tangente. "Primeiro precisamos ganhar as eleições."

Sobre uma eventual nova equipe de governo, Lula disse não ter pressa e voltou a usar uma metáfora de futebol. "Eu estou com o time jogando. Esse time pode continuar. Posso mudar peças, mas sem nenhuma pressa", afirmou.

Nesta despedida da campanha, acompanharam Lula a primeira dama, Marisa Letícia; o ministro do Trabalho, Luiz Marinho; a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que coordena a campanha de Lula em São Paulo; o deputado federal eleito Frank Aguiar (PTB), entre outras lideranças.

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