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29/10/2006 - 20h09

Vice de Lula se antecipa e retoma crítica aos juros altos

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Ao votar na manhã de hoje em Belo Horizonte, ainda cuidadoso em falar sobre vitória, o vice-presidente José Alencar (PRB-MG) voltou à carga contra a alta taxa básica de juros. "Está errado", afirmou ele, embora dizendo que os juros estão em queda.

Outra vez vice, Alencar sinalizou que continuará pressionando no segundo mandato. Ele, que havia reduzido o tom das críticas devido à eleição, mantém o discurso de campanha segundo o qual "nunca o Brasil teve situação tão adequada para crescer como agora".

Mas desagrada a Alencar o ritmo da queda dos juros. "Sempre fui contra essas taxas de juros altas e continuo contra", afirmou ele, que, na campanha, disse ser um representante do setor produtivo no governo [é um grande empresário do setor têxtil].

A taxa Selic, determinada pelo Banco Central, está em 13,75% ao ano. Descontada a inflação, os juros reais estão em torno de 9%. Os juros altos, frisou Alencar, farão com que nos quatro anos do governo a rolagem da dívida pública custará R$ 600 bilhões.

Defendendo "austeridade fiscal para que haja estabilidade da moeda", o vice de Lula disse: "É preciso que se reduza os juros por uma razão muito simples: as taxas de juros básicas reais dos outros países estão muito aquém dessa taxa nossa, é um sexto dela. Então, se ela cair para metade, ainda assim será a mais alta do mundo. Isso está errado, tem que cair."

Quatro ministros e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), acompanharam Alencar votando. Todos se mostraram otimistas em relação ao ambiente de governabilidade na segunda gestão Lula.

Para Alencar, a própria reeleição é uma garantia: "Quem confere condições de governabilidade é o povo, e o Congresso representa o povo". Além disso, disse que Lula tem o apoio da maioria dos partidos, mesmo que "muitos não estejam por inteiro".

Para o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), se confirmada a vitória, a governabilidade será mais fácil agora. "As condições hoje são mais favoráveis do que eram em 2002. O número de governadores aliados é maior do que em 2002, o PT foi o partido mais votado nas eleições, a possibilidade de o PMDB inteiro se integrar ao governo é grande. As perspectivas são boas."

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