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29/10/2006 - 20h21

Presidente do TSE diz que vantagem de Lula legitima reeleição do presidente

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, disse neste domingo que a vitória folgada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com mais de 60% dos votos válidos sobre o tucano Geraldo Alckmin legitima a reeleição do petista. "A diferença maior de votos resulta em legitimidade para o candidato eleito", afirmou.

Mello evitou fazer especulações sobre a possibilidade de o TSE impugnar o novo mandato de Lula caso conclua, durante as investigações sobre a compra do dossiê antitucano, que o presidente esteve envolvido na operação.

"Toda e qualquer eleição é sub júdice. Aí não cabe a especulação para se dizer que talvez tenhamos um terceiro turno. Está na Constituição o princípio da não-culpabilidade. A culpa tem que ser comprovada de forma robusta. Não vamos precipitar as coisas, vamos observar a ordem natural", afirmou.

Apuração

O presidente do TSE se mostrou surpreso com a rapidez na divulgação da vitória de Lula neste domingo, prevista para ocorrer somente em torno das 22h. Segundo Mello, às 19h30 o TSE já havia totalizado 90% dos votos, o que permitiu ao presidente do tribunal anunciar a reeleição do presidente. "Mais uma vez somos surpreendidos pela máquina", disse.

Mello parabenizou os brasileiros pelo "exercício da democracia" manifestado ao longo do dia. Para o ministro, as eleições de 2006 terminam de forma limpa --sem que os ataques pessoais tenham prejudicado o pleito. "Digladiaram-se os candidatos e nós precisamos conceber que em toda disputa há tentativa de lograr êxito e às vezes parâmetros aconselháveis são colocados em segundo plano, vingam as paixões. Mas eu creio que no todo nós tivemos um pleito em ordem, um pleito com a observância de princípios", ressaltou.

Reeleição

Apesar da vitória do presidente Lula, Mello disse que está na hora de o Brasil discutir o fim da reeleição. "Na minha ótica seria um avanço e não um retrocesso. Não podemos desconhecer que é muito difícil separar a figura do administrador da figura do candidato. E essa dificuldade decorre até mesmo da circunstância do candidato à reeleição permanecer na cadeira, sucumbindo às tentações", encerrou.

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