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29/10/2006
-
21h08
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Aliados do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) avaliaram que a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo é conseqüência da estratégia adotada pelos petistas de espalharem "boatos" de que o tucano iria acabar com o programa Bolsa Família e promover privatizações.
"Acho que a vitória de Lula tem que ser reconhecida, mas ao contrário dele, nós fizemos uma campanha limpa, democrática e politicamente ganhamos. Lula levou vantagem usando processos e mecanismos que não coadunam com a democracia", disse o coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Para Guerra, a campanha tucana não teve base para responder às acusações que sofreu no segundo turno. "As insinuações sobre as privatizações e o fim do Bolsa Família foram difundidas por sindicatos e ONGs que recebem ajuda do governo federal. Nós não tínhamos essa estrutura e também faltou o partido", disse ao fazer uma auto-crítica direcionada ao PSDB.
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia, disse que o presidente Lula escolheu a "estratégia certa" enquanto o tucano não conseguiu se desvencilhar das acusações.
"Primeiro foi o apoio do Garotinho, depois um acordo para que atrasasse o início dos programas eleitorais na TV, e por último a armadilha de se falar em privatizações", reconheceu.
Segundo Maia, a campanha de Alckmin "tinha que ter explorado mais as denúncias" do dossiegate, além de ter explicitado o que Lula prometeu em 2002 e não cumpriu. "Faltou dizer que o PT deu legenda para os denunciados ao invés de ficar rebatendo a questão das privatizações", afirmou.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também criticou a estratégia utilizada pelos marqueteiros da campanha de Alckmin. "Faltou estratégia e boa comunicação. Se os marqueteiros do Lula viessem para o Alckmin, o resultado talvez não fosse esse", disse.
Dias disse que a população tomou conhecimento das denúncias, mas para que os fatos tivesse repercutido no resultado das eleições, era preciso que a campanha de Alckmin tivesse explorado mais o assunto. "Até para que a população tivesse conhecimento da gravidade das denúncias", encerrou.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Aliados do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) avaliaram que a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo é conseqüência da estratégia adotada pelos petistas de espalharem "boatos" de que o tucano iria acabar com o programa Bolsa Família e promover privatizações.
"Acho que a vitória de Lula tem que ser reconhecida, mas ao contrário dele, nós fizemos uma campanha limpa, democrática e politicamente ganhamos. Lula levou vantagem usando processos e mecanismos que não coadunam com a democracia", disse o coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Para Guerra, a campanha tucana não teve base para responder às acusações que sofreu no segundo turno. "As insinuações sobre as privatizações e o fim do Bolsa Família foram difundidas por sindicatos e ONGs que recebem ajuda do governo federal. Nós não tínhamos essa estrutura e também faltou o partido", disse ao fazer uma auto-crítica direcionada ao PSDB.
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia, disse que o presidente Lula escolheu a "estratégia certa" enquanto o tucano não conseguiu se desvencilhar das acusações.
"Primeiro foi o apoio do Garotinho, depois um acordo para que atrasasse o início dos programas eleitorais na TV, e por último a armadilha de se falar em privatizações", reconheceu.
Segundo Maia, a campanha de Alckmin "tinha que ter explorado mais as denúncias" do dossiegate, além de ter explicitado o que Lula prometeu em 2002 e não cumpriu. "Faltou dizer que o PT deu legenda para os denunciados ao invés de ficar rebatendo a questão das privatizações", afirmou.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também criticou a estratégia utilizada pelos marqueteiros da campanha de Alckmin. "Faltou estratégia e boa comunicação. Se os marqueteiros do Lula viessem para o Alckmin, o resultado talvez não fosse esse", disse.
Dias disse que a população tomou conhecimento das denúncias, mas para que os fatos tivesse repercutido no resultado das eleições, era preciso que a campanha de Alckmin tivesse explorado mais o assunto. "Até para que a população tivesse conhecimento da gravidade das denúncias", encerrou.
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