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30/10/2006
-
19h37
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Se não for procurado pela oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tomar a iniciativa de conversar com líderes dos partidos contrários ao seu governo.
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, negou que a intenção seja neutralizar a oposição, como acusou hoje o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Segundo Garcia, o interesse do governo é apenas de garantir o diálogo.
"Se houver iniciativa da oposição de procurar o governo será bem vinda, senão, o presidente tomará a iniciativa. Mas que isso não se confunda com tentativa de diluir conflitos. Não queremos cooptar ninguém. O Brasil deve ter uma oposição forte, articulada que possa desempenhar seu papel", afirmou.
A intenção do presidente é buscar respaldo na oposição para aprovar a reforma política, considerada pelo governo como um dos instrumentos para equacionar a corrupção.
Reformas
"A reforma política vai ser feita com interlocução. A reforma, como o avião presidencial, não serve a apenas um governo", alfinetou Garcia. Durante a campanha presidencial, o tucano Geraldo Alckmin disse que venderia, se eleito, o avião presidencial comprado pelo governo do PT.
Com relação aos aliados, Garcia reforçou que o presidente buscará o apoio das legendas que estiveram ao seu lado para compor o seu governo.
Segundo ele, cabe ao presidente Lula definir se o PT terá espaço reduzido no novo mandato para siglas como o PC do B, PSB, PRB, PTB, PL e boa parte do PMDB.
"Não se trata de o PT abrir mão ou não. Temos que compor um governo representativo das forças políticas e que seja composto de pessoas altamente qualificadas. Em muitas esferas do PT há militantes qualificados", afirmou.
Ministérios podem ser negociáveis
Garcia disse que "não existe ministério inegociável" para o PT e que partirá do princípio de que "todas as forças que estão integradas ao governo são idôneas" e podem ocupar qualquer cargo.
"Quem tem a caneta na mão é o presidente da República". Segundo Garcia, a decisão sobre a montagem do governo será unilateral. "São questões guardadas a sete chaves no cérebro do presidente. Todos os que fizeram apostas erraram", disse.
O presidente do PT não confirmou, mas disse que é possível que todos os ministros peçam demissão coletiva para que o presidente possa montar seu novo governo sem constrangimentos.
Pela manhã, a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) deu uma declaração neste sentido. "Me parece uma coisa normal, mas acho que o presidente não se sentiria constrangido em fazer a composição no governo. Se essa iniciativa for tomada é quase de polidez para tornar a posição do governo menos constrangedora".
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Presidente do PT nega que Lula queira cooptar oposição
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da Folha Online, em Brasília
Se não for procurado pela oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tomar a iniciativa de conversar com líderes dos partidos contrários ao seu governo.
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, negou que a intenção seja neutralizar a oposição, como acusou hoje o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Segundo Garcia, o interesse do governo é apenas de garantir o diálogo.
"Se houver iniciativa da oposição de procurar o governo será bem vinda, senão, o presidente tomará a iniciativa. Mas que isso não se confunda com tentativa de diluir conflitos. Não queremos cooptar ninguém. O Brasil deve ter uma oposição forte, articulada que possa desempenhar seu papel", afirmou.
A intenção do presidente é buscar respaldo na oposição para aprovar a reforma política, considerada pelo governo como um dos instrumentos para equacionar a corrupção.
Reformas
"A reforma política vai ser feita com interlocução. A reforma, como o avião presidencial, não serve a apenas um governo", alfinetou Garcia. Durante a campanha presidencial, o tucano Geraldo Alckmin disse que venderia, se eleito, o avião presidencial comprado pelo governo do PT.
Com relação aos aliados, Garcia reforçou que o presidente buscará o apoio das legendas que estiveram ao seu lado para compor o seu governo.
Segundo ele, cabe ao presidente Lula definir se o PT terá espaço reduzido no novo mandato para siglas como o PC do B, PSB, PRB, PTB, PL e boa parte do PMDB.
"Não se trata de o PT abrir mão ou não. Temos que compor um governo representativo das forças políticas e que seja composto de pessoas altamente qualificadas. Em muitas esferas do PT há militantes qualificados", afirmou.
Ministérios podem ser negociáveis
Garcia disse que "não existe ministério inegociável" para o PT e que partirá do princípio de que "todas as forças que estão integradas ao governo são idôneas" e podem ocupar qualquer cargo.
"Quem tem a caneta na mão é o presidente da República". Segundo Garcia, a decisão sobre a montagem do governo será unilateral. "São questões guardadas a sete chaves no cérebro do presidente. Todos os que fizeram apostas erraram", disse.
O presidente do PT não confirmou, mas disse que é possível que todos os ministros peçam demissão coletiva para que o presidente possa montar seu novo governo sem constrangimentos.
Pela manhã, a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) deu uma declaração neste sentido. "Me parece uma coisa normal, mas acho que o presidente não se sentiria constrangido em fazer a composição no governo. Se essa iniciativa for tomada é quase de polidez para tornar a posição do governo menos constrangedora".
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