Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/10/2006 - 21h44

Wilma de Faria diz que acabou com "ciclo" no Rio Grande do Norte

Publicidade

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha

Aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Wilma de Faria (PSB), governadora reeleita do Rio Grande do Norte, vai discutir agora com o governo federal a manutenção dos programas sociais no Estado, a implantação de um pólo petroquímico e a finalização de um aeroporto em Natal. Depois de derrotar dois fortes clãs da política no Estado (os Alves e os Maia), diz que sua reeleição marca o fim de um "ciclo de políticos tradicionais".

Folha Qual a principal pauta a ser tratada na reunião com o presidente?

Wilma de Faria - Nós temos uma parceria com o governo federal em obras estruturantes. Por exemplo: assinamos um protocolo com a Petrobras para que nós pudéssemos implantar, paulatinamente, um pólo petroquímico e agregar valor para o pólo industrial que o Rio Grande do Norte tem hoje.

A outra pauta é um aeroporto para Natal, que está sendo iniciado pela Infraero [Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária]. Além disso, a continuação dos programas sociais que são feitos em parceria com o governo federal.

Folha - Em relação à reforma tributária, quais são as reivindicações?

Wilma - Nós reclamamos a compensação dos Estados exportadores. Nós ainda exportamos produtos primários, como frutas, e somos o maior exportador de camarão, de atum.

Folha - O acirramento das eleições pode complicar o novo mandato?

Wilma - Eu tive alguma dificuldade no primeiro governo, porque só elegi dois deputados [na Assembléia Legislativa]. Sei das dificuldades, mas hoje a gente tem maioria, nosso partido cresceu, elegemos mais deputados estaduais e os partidos aliados também. Temos uma boa bancada.

Folha - A sra. teme que os desdobramentos do escândalo "foliaduto" atrapalhem seu governo?

Wilma - Não. Veja que durante o meu governo não houve nenhuma CPI, nenhum sugestão de CPI. Houve, sim, erros gravíssimos em uma fundação [Fundação José Augusto, que contratou shows fantasmas]. Sei que, numa hora dessas, minha intolerância é total com a corrupção. Eu afasto as pessoas, entreguei à Justiça.

Folha - A sra. derrotou, nessa reeleição, dois clãs no Estado, os Maia e os Alves. Eles terão espaço agora?

Wilma - Eles estão fora do nosso governo. Terminou um ciclo de políticos tradicionais que ficaram no poder. Quero agora incentivar os jovens, para que nós possamos mudar a história do Rio Grande do Norte, tanto do ponto de vista administrativo quanto político.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página