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30/10/2006
-
20h42
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O desejo dos mineiros de ver o governador Aécio Neves (PSDB) candidato a presidente em 2010 teve influência no resultado do segundo turno em Minas Gerais, onde Geraldo Alckmin perdeu terreno para o presidente Lula, que ampliou de 10 pontos percentuais para 30 pontos a diferença do primeiro turno.
A opinião é do sociólogo Rudá Ricci, da PUC-MG, para quem os vitoriosos na disputa mineira foram os chamados "lulécios", as lideranças municipais que defenderam a reeleição de Aécio, mas também a de Lula.
Segundo Ricci, Aécio "não fez esforço" para que esses seus apoiadores regionais trabalhassem por Alckmin, embora, acrescentou, ele tenha sinalizado o contrário para o público.
"A vitória do Lula não foi uma derrota do Aécio. Acho que foi um corpo mole, vamos dizer assim, do Aécio. Ele sabia que o principal adversário dele em 2010 é o PSDB paulista, não é o PT", afirmou o sociólogo.
Coordenador da campanha de Alckmin em Minas, o ex-ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves refuta essa tese. Para ele, empenho não faltou por parte dos aliados, incluindo Aécio, em quem Alckmin apostou muito --foram 22 viagens ao Estado durante toda a campanha.
"Houve empenho do governador, sempre presente. Trabalhamos com empenho, afinco", disse Hargreaves, que não soube avaliar os 516 mil votos perdidos por Alckmin --Lula venceu nas 12 mesoregiões, se recuperando em seis, e ampliou a diferença de 1 milhão para 3,1 milhões de votos.
Hargreaves não acredita que o discurso dos ministros mineiros, especialmente o do Turismo, Walfrido dos Mares Guia (PTB), tenha influenciado as lideranças municipais. Walfrido, que no segundo turno viajou por todo o Estado fazendo reuniões com prefeitos, foi um dos que mais jogou com o argumento de que a vitória de Alckmin prejudicaria Aécio em 2010.
O secretário de Governo de Aécio, Danilo de Castro (PSDB), disse que o resultado do segundo turno em Minas "seguiu uma tendência nacional". Segundo ele, apesar do empenho tucano, os prefeitos e as lideranças municipais argumentavam, sempre que procurados, que não tinham como ir contra a vontade da opinião pública, que já havia se decidido por Lula.
Até o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), defendeu Aécio. Questionado se na ampliação da votação se Lula teria faltado empenho do governador, ele disse: "De maneira nenhuma". E acrescentou: "No primeiro turno, o sentimento do mineiro era reeleger Aécio. No segundo turno, ficou claro que a vontade era eleger Lula. O governador não tem nenhum envolvimento nessa decisão do eleitor mineiro".
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Leia cobertura completa das eleições 2006
2010 determinou resultado em Minas, diz sociólogo
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O desejo dos mineiros de ver o governador Aécio Neves (PSDB) candidato a presidente em 2010 teve influência no resultado do segundo turno em Minas Gerais, onde Geraldo Alckmin perdeu terreno para o presidente Lula, que ampliou de 10 pontos percentuais para 30 pontos a diferença do primeiro turno.
A opinião é do sociólogo Rudá Ricci, da PUC-MG, para quem os vitoriosos na disputa mineira foram os chamados "lulécios", as lideranças municipais que defenderam a reeleição de Aécio, mas também a de Lula.
Segundo Ricci, Aécio "não fez esforço" para que esses seus apoiadores regionais trabalhassem por Alckmin, embora, acrescentou, ele tenha sinalizado o contrário para o público.
"A vitória do Lula não foi uma derrota do Aécio. Acho que foi um corpo mole, vamos dizer assim, do Aécio. Ele sabia que o principal adversário dele em 2010 é o PSDB paulista, não é o PT", afirmou o sociólogo.
Coordenador da campanha de Alckmin em Minas, o ex-ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves refuta essa tese. Para ele, empenho não faltou por parte dos aliados, incluindo Aécio, em quem Alckmin apostou muito --foram 22 viagens ao Estado durante toda a campanha.
"Houve empenho do governador, sempre presente. Trabalhamos com empenho, afinco", disse Hargreaves, que não soube avaliar os 516 mil votos perdidos por Alckmin --Lula venceu nas 12 mesoregiões, se recuperando em seis, e ampliou a diferença de 1 milhão para 3,1 milhões de votos.
Hargreaves não acredita que o discurso dos ministros mineiros, especialmente o do Turismo, Walfrido dos Mares Guia (PTB), tenha influenciado as lideranças municipais. Walfrido, que no segundo turno viajou por todo o Estado fazendo reuniões com prefeitos, foi um dos que mais jogou com o argumento de que a vitória de Alckmin prejudicaria Aécio em 2010.
O secretário de Governo de Aécio, Danilo de Castro (PSDB), disse que o resultado do segundo turno em Minas "seguiu uma tendência nacional". Segundo ele, apesar do empenho tucano, os prefeitos e as lideranças municipais argumentavam, sempre que procurados, que não tinham como ir contra a vontade da opinião pública, que já havia se decidido por Lula.
Até o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), defendeu Aécio. Questionado se na ampliação da votação se Lula teria faltado empenho do governador, ele disse: "De maneira nenhuma". E acrescentou: "No primeiro turno, o sentimento do mineiro era reeleger Aécio. No segundo turno, ficou claro que a vontade era eleger Lula. O governador não tem nenhum envolvimento nessa decisão do eleitor mineiro".
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