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31/10/2006 - 07h03

Eleitores de aldeia indígena têm voto mais caro do país

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FRANCISCO FIGUEIREDO
da Agência Folha

Cada voto depositado na urna da aldeia Metuktire, localizada no Parque Indígena do Xingu (MT), custou à Justiça Eleitoral pelo menos R$ 2.759. O valor equivale a mais de 500 vezes o custo médio estimado das eleições para cada brasileiro, que deve ficar em torno de R$ 4,76, segundo dados preliminares do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Assim como ocorreu em outras três seções de Mato Grosso, um avião teve de ser alugado para levar urna, mesários e servidores da Polícia Federal e da Funai para a aldeia. Em cada um dos turnos, o custou do aluguel foi de R$ 17.934,00, segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado.

O baixo comparecimento também ajudou a elevar o custo por eleitor no local. No primeiro turno, apenas quatro dos 59 indígenas registrados na seção apareceram para votar. No segundo, foram nove --comparecimento de 15,25%.

Juntas, as cerca de 30 seções exclusivas de área indígenas no Estado registraram dados similares à média nacional de presença, que foi de 81,01% neste domingo, segundo o TSE.

Para o TRE, a diferença pode estar relacionada à participação de indígenas da aldeia Metuktire nas operações de busca na área do acidente da Gol, ocorrido em setembro, que deixou 154 mortos. A Folha procurou os responsáveis, mas não confirmou a participação de indígenas do local nas buscas.

No primeiro turno, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) teve votação unânime na aldeia --obteve os quatro votos a seu favor. O TRE não divulgou o resultado dos nove votos depositados no domingo.

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