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31/10/2006
-
15h20
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu adiar na tarde desta terça-feira os depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucanos. O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), apresentou questão de ordem no início da reunião solicitando o adiamento dos depoimentos. O argumento é de que os parlamentares da comissão ainda não tiveram tempo de analisar toda a documentação enviada pela Justiça Federal de Cuiabá (MT) sobre o dossiegate.
Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos pela Polícia Federal no dia 15 de setembro, em um hotel em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria utilizado na compra do dossiê preparado pelos Vedoin, acusados de chefiar a máfia sanguessuga. O material envolveria políticos do PSDB na compra superfaturada de ambulâncias com recursos da União.
Jorge Lorenzetti, que também prestaria depoimento hoje, fazia parte do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi afastado da função depois de ser acusado de ser o articulador da compra do dossiê antitucanos.
O vice-presidente da CPI argumentou também que o atraso nos vôos em vários aeroportos do país --em que os controladores de tráfego aéreo fazem a operação-padrão-- dificultou a chegada de muitos parlamentares para a reunião. Após ouvir a opinião da maioria dos parlamentares, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), decidiu suspender os depoimentos.
Biscaia submeteu a decisão ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), que concordou com os argumentos do deputado Jungmann. "O meu voto é acolher a questão de ordem. Colho o sentimento médio dos parlamentares", disse o relator.
Prazo
O deputado petista alertou, no entanto, que a CPI deve concluir as investigações para apresentar o relatório final até o dia 18 de dezembro, já que os trabalhos da comissão não poderão ser prorrogados com o fim da atual legislatura.
Gedimar, Valdebran e Lorenzetti já estavam em uma sala ao lado de onde se reuniam os membros da comissão, aguardando o início do depoimento quando foram surpreendidos pelo adiamento. A CPI ainda não definiu nova data para que os três sejam ouvidos.
Com o fim das eleições, muitos parlamentares defendem que a CPI retome a linha de investigação sobre as ramificações da máfia das ambulâncias em prefeituras e no poder Executivo, deixando as investigações do dossiê para a Justiça e a Polícia Federal.
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), um dos sub-relatores da comissão, chegou a afirmar que a CPI "sepultou" as investigações relacionadas ao Executivo. "Essa investigação vai ser um fracasso total, mas não acredito que o número de votos recebidos pelo presidente Lula absolva o seu governo de investigação."
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CPI dos Sanguessugas adia depoimento de Gedimar, Valdebran e Lorenzetti
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu adiar na tarde desta terça-feira os depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucanos. O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), apresentou questão de ordem no início da reunião solicitando o adiamento dos depoimentos. O argumento é de que os parlamentares da comissão ainda não tiveram tempo de analisar toda a documentação enviada pela Justiça Federal de Cuiabá (MT) sobre o dossiegate.
Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos pela Polícia Federal no dia 15 de setembro, em um hotel em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria utilizado na compra do dossiê preparado pelos Vedoin, acusados de chefiar a máfia sanguessuga. O material envolveria políticos do PSDB na compra superfaturada de ambulâncias com recursos da União.
Jorge Lorenzetti, que também prestaria depoimento hoje, fazia parte do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi afastado da função depois de ser acusado de ser o articulador da compra do dossiê antitucanos.
O vice-presidente da CPI argumentou também que o atraso nos vôos em vários aeroportos do país --em que os controladores de tráfego aéreo fazem a operação-padrão-- dificultou a chegada de muitos parlamentares para a reunião. Após ouvir a opinião da maioria dos parlamentares, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), decidiu suspender os depoimentos.
Biscaia submeteu a decisão ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), que concordou com os argumentos do deputado Jungmann. "O meu voto é acolher a questão de ordem. Colho o sentimento médio dos parlamentares", disse o relator.
Prazo
O deputado petista alertou, no entanto, que a CPI deve concluir as investigações para apresentar o relatório final até o dia 18 de dezembro, já que os trabalhos da comissão não poderão ser prorrogados com o fim da atual legislatura.
Gedimar, Valdebran e Lorenzetti já estavam em uma sala ao lado de onde se reuniam os membros da comissão, aguardando o início do depoimento quando foram surpreendidos pelo adiamento. A CPI ainda não definiu nova data para que os três sejam ouvidos.
Com o fim das eleições, muitos parlamentares defendem que a CPI retome a linha de investigação sobre as ramificações da máfia das ambulâncias em prefeituras e no poder Executivo, deixando as investigações do dossiê para a Justiça e a Polícia Federal.
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), um dos sub-relatores da comissão, chegou a afirmar que a CPI "sepultou" as investigações relacionadas ao Executivo. "Essa investigação vai ser um fracasso total, mas não acredito que o número de votos recebidos pelo presidente Lula absolva o seu governo de investigação."
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