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31/10/2006
-
18h33
GABRIELA GUERREIRO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a adotar o que chama de um tom "menos radical" no diálogo com os partidos políticos em seu segundo mandato. A idéia de Lula, segundo o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é construir um padrão elevado de relacionamento no cenário político nacional --o que inclui partidos de oposição.
Segundo o governador, Lula vai adotar esse tom "conciliador" no pronunciamento que realiza na noite de hoje em cadeia nacional de rádio e TV. Campos disse que Lula vai agradecer os 58 milhões de votos recebidos no último domingo, mas também dará o tom de como será o seu relacionamento com os partidos e com o Congresso.
"[Ele] É capaz de transformar essa vitória em um ato político de distensão, para que se possa ter um outro ambiente e construir um padrão menos radicalizado de relacionamento", disse Campos.
Segundo o governador eleito, Lula está disposto a baixar a temperatura política em torno do chamado "terceiro turno". Na opinião de Campos, interessa a todos os brasileiros que os partidos "desçam do palanque" o mais rápido possível em busca da governabilidade.
Conversas
Campos disse que Lula já começou as conversas com os partidos da base aliada para avaliar o cenário de cada legenda pós-eleição. Segundo o governador, as conversas serão intensificadas somente na semana que vem. "Essa conversas vão voltar a acontecer. Qualquer atitude mais proativa, somente depois do feriado, quando o presidente voltar do descanso."
O objetivo do presidente Lula é chamar cada um dos partidos políticos, incluindo os de oposição, para reuniões em separado. Campos disse que Lula evitou revelar as lideranças com quem pretende dialogar. O presidente confirmou ao deputado apenas o nome de Aécio Neves (PSDB), reeleito ao governo de Minas Gerais.
Cargos
Na reunião com Lula, Campos reafirmou o apoio "incondicional" do PSB ao seu segundo mandato. O governador eleito negou, no entanto, que o partido já esteja negociando cargos no Executivo. "Nosso apoio a Lula independe desse ou daquele ministério."
O PSB controla atualmente as pastas da Integração Nacional e de Ciência e Tecnologia, mas, segundo Campos, a ampliação da participação do PSB não está no foco das discussões. "Não discutimos a ampliação no primeiro momento, nem vamos discutir no segundo momento [mandato]", afirmou.
Na conversa com o governador, Lula disse que ainda não definiu mudanças nos ministérios. Segundo Campos, o presidente vai usar o final de semana para se organizar e saber quem procurar depois do feriado de Finados.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula vai adotar tom conciliador em busca de diálogo com partidos políticos
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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a adotar o que chama de um tom "menos radical" no diálogo com os partidos políticos em seu segundo mandato. A idéia de Lula, segundo o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é construir um padrão elevado de relacionamento no cenário político nacional --o que inclui partidos de oposição.
Segundo o governador, Lula vai adotar esse tom "conciliador" no pronunciamento que realiza na noite de hoje em cadeia nacional de rádio e TV. Campos disse que Lula vai agradecer os 58 milhões de votos recebidos no último domingo, mas também dará o tom de como será o seu relacionamento com os partidos e com o Congresso.
"[Ele] É capaz de transformar essa vitória em um ato político de distensão, para que se possa ter um outro ambiente e construir um padrão menos radicalizado de relacionamento", disse Campos.
Segundo o governador eleito, Lula está disposto a baixar a temperatura política em torno do chamado "terceiro turno". Na opinião de Campos, interessa a todos os brasileiros que os partidos "desçam do palanque" o mais rápido possível em busca da governabilidade.
Conversas
Campos disse que Lula já começou as conversas com os partidos da base aliada para avaliar o cenário de cada legenda pós-eleição. Segundo o governador, as conversas serão intensificadas somente na semana que vem. "Essa conversas vão voltar a acontecer. Qualquer atitude mais proativa, somente depois do feriado, quando o presidente voltar do descanso."
O objetivo do presidente Lula é chamar cada um dos partidos políticos, incluindo os de oposição, para reuniões em separado. Campos disse que Lula evitou revelar as lideranças com quem pretende dialogar. O presidente confirmou ao deputado apenas o nome de Aécio Neves (PSDB), reeleito ao governo de Minas Gerais.
Cargos
Na reunião com Lula, Campos reafirmou o apoio "incondicional" do PSB ao seu segundo mandato. O governador eleito negou, no entanto, que o partido já esteja negociando cargos no Executivo. "Nosso apoio a Lula independe desse ou daquele ministério."
O PSB controla atualmente as pastas da Integração Nacional e de Ciência e Tecnologia, mas, segundo Campos, a ampliação da participação do PSB não está no foco das discussões. "Não discutimos a ampliação no primeiro momento, nem vamos discutir no segundo momento [mandato]", afirmou.
Na conversa com o governador, Lula disse que ainda não definiu mudanças nos ministérios. Segundo Campos, o presidente vai usar o final de semana para se organizar e saber quem procurar depois do feriado de Finados.
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