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31/10/2006 - 23h19

Patrus defende Orçamento Participativo na reforma do PT

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Ministro do Desenvolvimento Social, o petista Patrus Ananias (MG) defende que o PT adote um código de ética e o Orçamento Participativo, nos mesmos moldes da política adotada nas administrações municipais petistas. O Orçamento Participativo permitiria maior controle das finanças do partido.

Patrus disse à Folha que o PT deve fazer um "vigoroso exame de consciência" para poder se reformar. Essa reforma deve levar em conta a relação do partido com a sociedade e a total transparência nas ações do PT.

"Penso que temos alguns desafios, sim. Por exemplo, implantarmos dentro do PT o que realizamos com tanto êxito, sobretudo nos nossos governos municipais, como nos casos exemplares de Belo Horizonte e Porto Alegre: o Orçamento Participativo", disse.

"Nós que contribuímos com o partido queremos e temos o direito de saber com clareza e com transparência onde e como estão sendo aplicados esses recursos. O partido tem um compromisso com os seus filiados, simpatizantes e com a sociedade", afirmou.

Para Patrus, o PT tem que fazer uma "autocrítica saudável e construtiva, sem pré-julgar as pessoas que erraram, que estão sendo devidamente processadas". Mas ele entende que isso não deve eximir o partido de ter instrumentos internos que inibam ações ilícitas.

"Defendo que o PT constitua o quanto antes um código de ética, de tal maneira que, além das normas jurídicas do país, nós fiquemos também comprometidos com normas e princípios éticos definidos pelo partido, em amplos debates e sobretudo no congresso do próximo ano."

Nomes paulistas

Patrus e o também ministro mineiro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) não concordam que no centro dessa reforma deva estar o poder de São Paulo no partido, que muitos no PT apontam como motivo principal das crises. Segundo Dulci, será um "equívoco grave" se a discussão da reforma do PT partir de nomes.

"O debate deve ser sobre o funcionamento do partido e a sua atuação política. Os nomes do presidente e grupo dirigente, isso virá depois, como conseqüência natural. De modo que seria um erro começar essa discussão da reforma do PT por nomes", afirmou Dulci.

Patrus disse que a centralização em São Paulo já não existe tanto quanto no passado recente e que o PT não pode abrir mão dos nomes paulistas. "Temos lideranças importantes e precisamos dos companheiros de São Paulo. A questão não é pessoas, são procedimentos que devemos identificar e superar."

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