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01/11/2006
-
09h16
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
O padeiro Luiz Armando Silvestre Ramos, 32, que na semana passada se fez passar por outra pessoa e prestou um falso depoimento à Polícia Federal sobre o caso do dossiê contra tucanos, afirmou ontem à Justiça Federal de Pouso Alegre (MG) ter sido orientado --por alguém que ele não identificou-- a mentir, sob a promessa de pagamento em dinheiro.
No início da noite, Ramos foi detido pela Polícia Militar da cidade, sob acusação de ter contra si um mandado de prisão antigo, por não-pagamento de pensão alimentícia.
Por Ramos já ter falseado o próprio nome e inventado uma história sobre saques de R$ 250 mil que teriam sido entregues em São Paulo para a compra do dossiê, a PF vê as novas declarações com total ceticismo.
"Uma pessoa me chamou, me fez uma proposta, que eu ia ganhar muito dinheiro, que não ia precisar trabalhar mais. Eu fui para ver o que era, eu peguei e aceitei e entrei nessa com eles", disse ele em entrevista à EPTV.
Segundo seu advogado, Rovilson Carvalho, Ramos também negou que a secretária-executiva do PSDB municipal, Rosely Pantaleão, tenha participado da farsa. O padeiro afirmou que não conhece e nunca esteve com Rosely.
Nas entrevistas, Ramos se recusou a dizer quem teria encomendado a farsa. Mas numa fita de vídeo, gravada ontem pela manhã por Carvalho, ele teria citado um nome --o conteúdo da fita não foi revelado.
Segundo Ramos, a "pessoa" pediu que ele gravasse um vídeo para o "Jornal do Estado" com a promessa de que não seria divulgado. O jornalista autor da entrevista, Fernando Lima, disse que Ramos novamente mentiu. "Se ele não quisesse que a entrevista fosse divulgada, não procuraria um jornal."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Falso padeiro diz à Justiça que mentiu por ter recebido promessa de pagamento
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da Folha de S.Paulo
O padeiro Luiz Armando Silvestre Ramos, 32, que na semana passada se fez passar por outra pessoa e prestou um falso depoimento à Polícia Federal sobre o caso do dossiê contra tucanos, afirmou ontem à Justiça Federal de Pouso Alegre (MG) ter sido orientado --por alguém que ele não identificou-- a mentir, sob a promessa de pagamento em dinheiro.
No início da noite, Ramos foi detido pela Polícia Militar da cidade, sob acusação de ter contra si um mandado de prisão antigo, por não-pagamento de pensão alimentícia.
Por Ramos já ter falseado o próprio nome e inventado uma história sobre saques de R$ 250 mil que teriam sido entregues em São Paulo para a compra do dossiê, a PF vê as novas declarações com total ceticismo.
"Uma pessoa me chamou, me fez uma proposta, que eu ia ganhar muito dinheiro, que não ia precisar trabalhar mais. Eu fui para ver o que era, eu peguei e aceitei e entrei nessa com eles", disse ele em entrevista à EPTV.
Segundo seu advogado, Rovilson Carvalho, Ramos também negou que a secretária-executiva do PSDB municipal, Rosely Pantaleão, tenha participado da farsa. O padeiro afirmou que não conhece e nunca esteve com Rosely.
Nas entrevistas, Ramos se recusou a dizer quem teria encomendado a farsa. Mas numa fita de vídeo, gravada ontem pela manhã por Carvalho, ele teria citado um nome --o conteúdo da fita não foi revelado.
Segundo Ramos, a "pessoa" pediu que ele gravasse um vídeo para o "Jornal do Estado" com a promessa de que não seria divulgado. O jornalista autor da entrevista, Fernando Lima, disse que Ramos novamente mentiu. "Se ele não quisesse que a entrevista fosse divulgada, não procuraria um jornal."
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