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02/11/2006
-
14h39
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online
O comando do PMDB espera um aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir se irá apoiar oficialmente o seu segundo mandato, ou se continuará neutro nos próximos quatro anos. Interlocutores do presidente do PMDB, Michel Temer, dizem que ele está disposto a unificar a legenda em torno do apoio a Lula --desde que o presidente procure dialogar institucionalmente com o PMDB, e não apenas com a ala afinada ao governo.
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que o presidente deve convidar oficialmente o PMDB a integrar o seu segundo governo já na semana que vem.
Em busca de um acordo com os governistas do PMDB e de uma aproximação com o Palácio do Planalto, Temer vem procurando os interlocutores de Lula no partido. Nos últimos dias, se reuniu com o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, um dos principais aliados de Lula na legenda.
À espera de um "chamado" oficial do Palácio, Temer vem mantendo os diálogos de forma reservada para evitar queimar etapas. O movimento do presidente do PMDB também tem como pano de fundo sua própria sobrevivência política no partido. A legenda se reúne no primeiro semestre de 2007 para escolher quem comandará o PMDB nos próximos três anos. Se não se alinhar ao Planalto, membros do partido afirmam que Temer poderá perder o cargo para um governista.
A aproximação institucional com o governo Lula tem o apoio, inclusive, de tradicionais lideranças do partido. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse à Folha Online que o presidente Lula já sinalizou não estar disposto a ficar refém da ala governista, liderada pelos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), além dos deputados Jader Barbalho (PA) e Geddel Vieira Lima (BA).
"Se a conversa for partidária, não como aconteceu neste primeiro governo em que o Lula escolheu individualmente com quem dialogar, e o partido não teve participação, nós não podemos nos negar a conversar. Até mesmo para dizer que não", disse Simon.
Unificação
O senador admite, no entanto, que Lula dificilmente terá um partido unido em seu governo. "Unificar não é fácil porque o PMDB é muito dividido. Se o diálogo for institucional, é mais fácil que ele tenha maior parte do PMDB", afirmou.
O deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), que foi ministro das Comunicações no primeiro mandato de Lula, acredita na união do partido. Na opinião de Eunício, a prioridade do PMDB neste momento é conseguir recompor todas as correntes que ficaram divididas na disputa presidencial.
"Nossa luta é para fazer a unidade dentro do PMDB. Ainda não discutimos cargos, o que temos que buscar neste momento é o entendimento interno", afirmou o deputado.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online
O comando do PMDB espera um aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir se irá apoiar oficialmente o seu segundo mandato, ou se continuará neutro nos próximos quatro anos. Interlocutores do presidente do PMDB, Michel Temer, dizem que ele está disposto a unificar a legenda em torno do apoio a Lula --desde que o presidente procure dialogar institucionalmente com o PMDB, e não apenas com a ala afinada ao governo.
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que o presidente deve convidar oficialmente o PMDB a integrar o seu segundo governo já na semana que vem.
Em busca de um acordo com os governistas do PMDB e de uma aproximação com o Palácio do Planalto, Temer vem procurando os interlocutores de Lula no partido. Nos últimos dias, se reuniu com o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, um dos principais aliados de Lula na legenda.
À espera de um "chamado" oficial do Palácio, Temer vem mantendo os diálogos de forma reservada para evitar queimar etapas. O movimento do presidente do PMDB também tem como pano de fundo sua própria sobrevivência política no partido. A legenda se reúne no primeiro semestre de 2007 para escolher quem comandará o PMDB nos próximos três anos. Se não se alinhar ao Planalto, membros do partido afirmam que Temer poderá perder o cargo para um governista.
A aproximação institucional com o governo Lula tem o apoio, inclusive, de tradicionais lideranças do partido. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse à Folha Online que o presidente Lula já sinalizou não estar disposto a ficar refém da ala governista, liderada pelos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), além dos deputados Jader Barbalho (PA) e Geddel Vieira Lima (BA).
"Se a conversa for partidária, não como aconteceu neste primeiro governo em que o Lula escolheu individualmente com quem dialogar, e o partido não teve participação, nós não podemos nos negar a conversar. Até mesmo para dizer que não", disse Simon.
Unificação
O senador admite, no entanto, que Lula dificilmente terá um partido unido em seu governo. "Unificar não é fácil porque o PMDB é muito dividido. Se o diálogo for institucional, é mais fácil que ele tenha maior parte do PMDB", afirmou.
O deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), que foi ministro das Comunicações no primeiro mandato de Lula, acredita na união do partido. Na opinião de Eunício, a prioridade do PMDB neste momento é conseguir recompor todas as correntes que ficaram divididas na disputa presidencial.
"Nossa luta é para fazer a unidade dentro do PMDB. Ainda não discutimos cargos, o que temos que buscar neste momento é o entendimento interno", afirmou o deputado.
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