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06/11/2006 - 09h12

Captação do PT-SP é 229% maior em 2006

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RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo

Os deputados federais eleitos pelo PT de São Paulo que haviam concorrido a uma vaga em 2002 apresentaram aumento médio de 229% na arrecadação de recursos para a campanha da primeira eleição depois do escândalo de caixa dois --já descontada uma inflação de 35% no período.

No Estado, o PT ficou à frente dos grandes partidos da oposição. O PSDB teve aumento médio de 84,39%, e o PFL, de 188,34%. Outros partidos da base aliada tiveram crescimento superior, caso do PSB, que registrou 246%.

O deputado que teve o maior aumento na arrecadação entre as principais siglas foi Ricardo Berzoini (PT), presidente licenciado do partido, que saiu de uma receita de R$ 271 mil em 2002 (valor corrigido) para R$ 2,06 milhões em 2006, um aumento de 660,5%.

Logo abaixo aparece o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB), que passou de R$ 150 mil para R$ 990 mil (558,88%). O maior crescimento médio entre os deputados tucanos foi o de Julio Semeghini, que pulou de R$ 351 mil para R$ 951 mil (170%).

Entre os petistas, depois de Berzoini aparece Arlindo Chinaglia, que saltou de R$ 279 mil para R$ 1,41 milhão (406%). No geral, o percentual de Berzoini só perde para um deputado do PV, Dr. Talmir, cujos baixos valores provocaram uma distorção --saiu de R$ 7 mil, em 2002, para R$ 79,5 mil.

A boa performance de Berzoini deveu-se a repasses do Diretório Nacional do PT. Ele recebeu R$ 499 mil, quase um quinto do total de sua arrecadação. De um bolo de R$ 1,31 milhão distribuído pelo Diretório Nacional aos 25 principais candidatos petistas a uma vaga no Congresso por São Paulo, Berzoini ficou com 38%.

José Genoino (PT), também ex-presidente nacional da sigla, declarou repasse de R$ 200 mil do diretório, para uma arrecadação total de R$ 742 mil.

Doações

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, afirmou que os pagamentos para campanhas de deputados devem-se a doações que empresários fizeram ao diretório já com a indicação do nome de um candidato. A operação livra o doador de ser associado ao parlamentar e evita o assédio dos demais candidatos.

Segundo Ferreira, as mudanças na legislação melhoraram a arrecadação. "Houve um avanço, porque tanto o doador como aquele que recebe assumem transparentemente, diante da sociedade, as suas doações", disse ele, que defendeu o financiamento público de campanha. Indagado se o caixa dois diminuiu, de um modo geral, entre os partidos, o tesoureiro afirmou: "Brutalmente, brutalmente, pode botar aí".

Os petistas paulistas arrecadaram, em média, mais do que os adversários. Foram R$ 15,9 milhões para 14 eleitos (oito concorreram em 2002), valor médio de R$ 1,13 milhão para cada um. Dezessete tucanos (sobre o 18º não há dados) captaram R$ 18,4 milhões, média de R$ 1,08 milhão.

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