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06/11/2006
-
10h24
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas espera ouvir nesta semana os quatro ex-ministros da Saúde que ocuparam a pasta no período de atuação da máfia das ambulâncias. A comissão marcou os depoimentos dos tucanos José Serra e Barjas Negri para terça-feira. Na quarta, a CPI espera ouvir o petista Humberto Costa e Saraiva Felipe (PMDB).
Como os quatro foram convidados a depor, e não convocados, eles não são obrigados a comparecer. Assessores de Costa e Barjas confirmaram presença informalmente ao presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). Mas, oficialmente, a CPI não foi comunicada sobre a presença dos ministros.
Os parlamentares apostam especialmente na ausência de Serra. Como governador eleito de São Paulo, parte dos integrantes da oposição reconhece que seria um desgaste desnecessário ao ex-ministro comparecer à comissão neste momento.
A CPI quer esclarecer as denúncias de envolvimento de funcionários do Ministério da Saúde no esquema de compra superfaturada de ambulâncias --que ficou conhecido como a máfia dos sanguessugas.
Serra e Barjas estiveram à frente do Ministério entre 1998 e 2002, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Costa e Saraiva chefiaram a pasta entre janeiro de 2003 e julho de 2005, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dossiê
A CPI remarcou para o dia 21 de novembro os depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano. Os três foram ao Senado Federal na última terça-feira para serem ouvidos, mas depois de acordo firmado entre parlamentares do governo e da oposição, a reunião acabou suspensa e remarcada para o final do mês.
A expectativa é que a comissão crie uma sub-relatoria para investigar especificamente a compra do dossiê. Os parlamentares temem desviar o foco inicial das investigações --a compra superfaturada das ambulâncias-- para a compra do dossiê.
O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), deve apresentar hoje a formalização do pedido de criação da sub-relatoria, que pode ficar sob responsabilidade dos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Sanguessugas
CPI deve ouvir nesta semana ex-ministros da Saúde
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A CPI dos Sanguessugas espera ouvir nesta semana os quatro ex-ministros da Saúde que ocuparam a pasta no período de atuação da máfia das ambulâncias. A comissão marcou os depoimentos dos tucanos José Serra e Barjas Negri para terça-feira. Na quarta, a CPI espera ouvir o petista Humberto Costa e Saraiva Felipe (PMDB).
Como os quatro foram convidados a depor, e não convocados, eles não são obrigados a comparecer. Assessores de Costa e Barjas confirmaram presença informalmente ao presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). Mas, oficialmente, a CPI não foi comunicada sobre a presença dos ministros.
Os parlamentares apostam especialmente na ausência de Serra. Como governador eleito de São Paulo, parte dos integrantes da oposição reconhece que seria um desgaste desnecessário ao ex-ministro comparecer à comissão neste momento.
A CPI quer esclarecer as denúncias de envolvimento de funcionários do Ministério da Saúde no esquema de compra superfaturada de ambulâncias --que ficou conhecido como a máfia dos sanguessugas.
Serra e Barjas estiveram à frente do Ministério entre 1998 e 2002, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Costa e Saraiva chefiaram a pasta entre janeiro de 2003 e julho de 2005, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dossiê
A CPI remarcou para o dia 21 de novembro os depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano. Os três foram ao Senado Federal na última terça-feira para serem ouvidos, mas depois de acordo firmado entre parlamentares do governo e da oposição, a reunião acabou suspensa e remarcada para o final do mês.
A expectativa é que a comissão crie uma sub-relatoria para investigar especificamente a compra do dossiê. Os parlamentares temem desviar o foco inicial das investigações --a compra superfaturada das ambulâncias-- para a compra do dossiê.
O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), deve apresentar hoje a formalização do pedido de criação da sub-relatoria, que pode ficar sob responsabilidade dos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).
Especial
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