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06/11/2006 - 12h49

PF vai a Campo Grande ouvir piloto envolvido com escândalo do dossiê

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da Folha Online

Investigadores da Polícia Federal de Cuiabá (MT) devem viajar nesta terça-feira a Campo Grande (MS) para ouvir o depoimento do piloto Tito Lívio Ferreira Lima.

O piloto iria supostamente comandar o avião fretado para transportar de São Paulo a Cuiabá parte do dinheiro que seria usado na compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. A PF quer descobrir quem contatou Lima para fazer o transporte.

O dinheiro para a compra do dossiê foi apreendido no dia 15 de setembro, em São Paulo, em posse de Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso. Eles foram presos no hotel Ibis, com R$ 1,7 milhão.

A quebra dos sigilos telefônicos dos envolvidos no caso indica telefonemas feitos do celular do piloto para Valdebran --três deles em 13 de setembro e um no dia 14. No dia 13 de setembro, Lima também recebeu dois telefonemas vindos do hotel Ibis.

Indiciamentos

Após o depoimento, a Polícia Federal deve começar a indiciar os envolvidos --Gedimar, Valdebran, além do ex-petista Hamilton Lacerda, ex-assessor da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo; Oswaldo Bargas, que integrava a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente; e Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil-- com o escândalo da compra do dossiê.

O indiciamento de Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula, ainda não está certo. O delegado Diógenes Curado Filho, responsável pela investigação, ainda estaria analisando os crimes supostamente cometidos pelos acusados.

Dossiê

Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra do dossiê, e que do pacote fazia parte uma entrevista --supostamente à "IstoÉ"-- acusando José Serra (PSDB), governador eleito de São Paulo, de envolvimento na máfia dos sanguessugas.

Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.

Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. A crise derrubou o coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Ele foi substituído por Marco Aurélio Garcia.

O ex-secretário de Berzoini no Ministério do Trabalho, Bargas, e Lorenzetti procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê. Também caíram.

O ex-diretor do Banco do Brasil também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.

Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação da reportagem da "IstoÉ" contra Serra.

Com informações da Agência Folha

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