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07/11/2006
-
09h15
KENNEDY ALENCAR
PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em reunião com auxiliares sobre a formação do ministério do segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vai "repetir os erros de 2002".
O petista pretende reduzir no primeiro escalão o espaço que deu ao PT quatro anos atrás e os candidatos derrotados nas eleições estaduais. Em dezembro de 2002, 19 dos 33 ministros eram filiados ao PT. Dos 19, 8 haviam sido derrotados nas eleições estaduais.
Agora, Lula pretende ampliar o espaço do PMDB, partido que já tem três pastas. O presidente deseja também trazer nomes de peso do empresariado, como Jorge Gerdau.
Participaram da reunião os ministros Guido Mantega (Fazenda), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e o vice-presidente José Alencar.
Bastos deve oficializar em conversa hoje com Lula o pedido para deixar o governo. São remotas as chances de ele reconsiderar. Ele também considera que cumpriu sua tarefa. Quer dedicar mais tempo à família, que vive em São Paulo, e retornar à advocacia criminal.
O ministro Gilberto Gil (Cultura) também já disse a Lula que não gostaria de continuar. Segundo a Folha apurou, ele argumentou que teria cumprido sua missão e desejaria voltar à carreira artística.
Os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil) não participaram da reunião de ontem com Lula. Tarso está em férias, e Dilma teve um princípio de pneumonia.
Mesmo depois de encerrada a campanha eleitoral e com um novo ministério para montar, o presidente disse na reunião de ontem que vai continuar a viajar pelo Brasil, para vistoriar obras de infra-estrutura.
O objetivo é enviar um sinal inequívoco de que o rumo de seu segundo mandato será o do desenvolvimento. A intensa agenda de viagens, no entanto, pode prejudicar a intenção do petista de conduzir ele próprio a montagem do ministério.
Lula marcou para hoje uma reunião com os ministérios dos Transportes e de Minas e Energia para saber em que estágio estão os principais projetos do governo. A idéia é que as visitas comecem em breve, pelas obras de maior importância, como portos e estradas federais. Depois dessa reunião, o presidente deve chamar o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para tratar especificamente de entraves ao prosseguimento de obras. Durante todo o primeiro mandato, o petista reclamou que as duras leis ambientais atrasam seus projetos, apesar de dizer sempre que elas tinham de ser cumpridas.
Em muitos casos, a batalha por problemas ambientais de fato atrapalha o ritmo das obras, e Lula quer ver onde é possível chegar a um acordo mais rapidamente, sem burlar os impedimentos judiciais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula admite erro em 2002 e prevê mais poder ao PMDB
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PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em reunião com auxiliares sobre a formação do ministério do segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vai "repetir os erros de 2002".
O petista pretende reduzir no primeiro escalão o espaço que deu ao PT quatro anos atrás e os candidatos derrotados nas eleições estaduais. Em dezembro de 2002, 19 dos 33 ministros eram filiados ao PT. Dos 19, 8 haviam sido derrotados nas eleições estaduais.
Agora, Lula pretende ampliar o espaço do PMDB, partido que já tem três pastas. O presidente deseja também trazer nomes de peso do empresariado, como Jorge Gerdau.
Participaram da reunião os ministros Guido Mantega (Fazenda), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e o vice-presidente José Alencar.
Bastos deve oficializar em conversa hoje com Lula o pedido para deixar o governo. São remotas as chances de ele reconsiderar. Ele também considera que cumpriu sua tarefa. Quer dedicar mais tempo à família, que vive em São Paulo, e retornar à advocacia criminal.
O ministro Gilberto Gil (Cultura) também já disse a Lula que não gostaria de continuar. Segundo a Folha apurou, ele argumentou que teria cumprido sua missão e desejaria voltar à carreira artística.
Os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil) não participaram da reunião de ontem com Lula. Tarso está em férias, e Dilma teve um princípio de pneumonia.
Mesmo depois de encerrada a campanha eleitoral e com um novo ministério para montar, o presidente disse na reunião de ontem que vai continuar a viajar pelo Brasil, para vistoriar obras de infra-estrutura.
O objetivo é enviar um sinal inequívoco de que o rumo de seu segundo mandato será o do desenvolvimento. A intensa agenda de viagens, no entanto, pode prejudicar a intenção do petista de conduzir ele próprio a montagem do ministério.
Lula marcou para hoje uma reunião com os ministérios dos Transportes e de Minas e Energia para saber em que estágio estão os principais projetos do governo. A idéia é que as visitas comecem em breve, pelas obras de maior importância, como portos e estradas federais. Depois dessa reunião, o presidente deve chamar o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para tratar especificamente de entraves ao prosseguimento de obras. Durante todo o primeiro mandato, o petista reclamou que as duras leis ambientais atrasam seus projetos, apesar de dizer sempre que elas tinham de ser cumpridas.
Em muitos casos, a batalha por problemas ambientais de fato atrapalha o ritmo das obras, e Lula quer ver onde é possível chegar a um acordo mais rapidamente, sem burlar os impedimentos judiciais.
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