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08/11/2006
-
15h38
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou hoje a manutenção de Fernando Haddad no Ministério da Educação. Com isso, Haddad seria o primeiro nome a ser confirmado por Lula na equipe ministerial do segundo mandato petista.
"Vou denominar hoje o dia do Fico para o Fernando Hadadd", disse Lula hoje indicando a continuidade de Haddad na Educação.
Ficou conhecido como o Dia do Fico a data em que Dom Pedro 1º para dizer ao povo brasileiro que permaneceria no Brasil.
Lula participa hoje do encerramento da 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília.
Após o evento, entretanto, Lula evitou confirmar o nome de Haddad. "Eu disse que era o Dia do Fico porque os alunos começaram a gritar: 'fica!' E eu tinha que dar uma resposta [para a platéia]."
No entanto, Lula afirmou que ainda tem tempo para montar seu novo ministério. "Até 1º de janeiro, todo mundo é ministro. Depois vamos ver o que vamos acontecer."
Nos bastidores, entretanto, Lula já indicou que pretende montar seu novo ministério até o Natal. O presidente assumiu a responsabilidade de montar a equipe ministerial do segundo mandato. Ontem, por exemplo, ele se reuniu com representantes do PMDB e do PTB. O PP já declarou que pretende ter três ministérios no novo governo Lula.
Lula ainda negocia a montagem do novo ministério. Entre as diretrizes que o presidente deve co considerar nesse jogo-de-xadrez está a necessidade de reduzir o tamanho do PT no governo para ampliar o espaço do PMDB. Além disso, o presidente já teria indicado a vontade de trazer empresários de peso para o governo, como Jorge Gerdau.
Experiência na pasta
O ministro da Educação, Fernando Haddad, 43, que pode continuar no cargo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a pasta no final de julho do ano passado, quando o então titular Tarso Genro saiu para ocupar a presidência do PT, no auge da crise do "mensalão".
É formado em Direito pela USP, com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia, pela mesma universidade. Sua carreira profissional revela uma trajetória, no mínimo, versátil.
Foi professor de Teoria Política na FFLCH-USP, tradicional núcleo de pensadores de esquerda, e analista de investimentos do Unibanco, um dos maiores conglomerados financeiros do país. Também acumula passagens pela Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo e, antes de assumir a pasta da Educação, foi uma espécie de "braço direito" do então ministro Genro, como secretário-executivo do Ministério.
Na secretaria-executiva, foi responsável pela articulação da reforma universitária, um dos últimos projetos a serem geridos pelo ministro Tarso Genro, que prevê, entre outros itens, a obrigatoriedade de serem repassados ao menos 75% das verbas de educação para as instituições federais. A proposta é alvo de críticas tanto do setor privado de ensino quanto de representantes das universidades federais e tramita no Congresso.
Tem cinco livros publicados: "O Sistema Soviético", "Em defesa do socialismo", "Desorganizando o consenso", "Sindicatos, cooperativas e socialismo" e "Trabalho e linguagem".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula sinaliza que Haddad "fica" no Ministério da Educação
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da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou hoje a manutenção de Fernando Haddad no Ministério da Educação. Com isso, Haddad seria o primeiro nome a ser confirmado por Lula na equipe ministerial do segundo mandato petista.
"Vou denominar hoje o dia do Fico para o Fernando Hadadd", disse Lula hoje indicando a continuidade de Haddad na Educação.
Ficou conhecido como o Dia do Fico a data em que Dom Pedro 1º para dizer ao povo brasileiro que permaneceria no Brasil.
Lula participa hoje do encerramento da 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília.
Após o evento, entretanto, Lula evitou confirmar o nome de Haddad. "Eu disse que era o Dia do Fico porque os alunos começaram a gritar: 'fica!' E eu tinha que dar uma resposta [para a platéia]."
No entanto, Lula afirmou que ainda tem tempo para montar seu novo ministério. "Até 1º de janeiro, todo mundo é ministro. Depois vamos ver o que vamos acontecer."
Nos bastidores, entretanto, Lula já indicou que pretende montar seu novo ministério até o Natal. O presidente assumiu a responsabilidade de montar a equipe ministerial do segundo mandato. Ontem, por exemplo, ele se reuniu com representantes do PMDB e do PTB. O PP já declarou que pretende ter três ministérios no novo governo Lula.
Lula ainda negocia a montagem do novo ministério. Entre as diretrizes que o presidente deve co considerar nesse jogo-de-xadrez está a necessidade de reduzir o tamanho do PT no governo para ampliar o espaço do PMDB. Além disso, o presidente já teria indicado a vontade de trazer empresários de peso para o governo, como Jorge Gerdau.
Experiência na pasta
O ministro da Educação, Fernando Haddad, 43, que pode continuar no cargo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a pasta no final de julho do ano passado, quando o então titular Tarso Genro saiu para ocupar a presidência do PT, no auge da crise do "mensalão".
É formado em Direito pela USP, com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia, pela mesma universidade. Sua carreira profissional revela uma trajetória, no mínimo, versátil.
Foi professor de Teoria Política na FFLCH-USP, tradicional núcleo de pensadores de esquerda, e analista de investimentos do Unibanco, um dos maiores conglomerados financeiros do país. Também acumula passagens pela Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo e, antes de assumir a pasta da Educação, foi uma espécie de "braço direito" do então ministro Genro, como secretário-executivo do Ministério.
Na secretaria-executiva, foi responsável pela articulação da reforma universitária, um dos últimos projetos a serem geridos pelo ministro Tarso Genro, que prevê, entre outros itens, a obrigatoriedade de serem repassados ao menos 75% das verbas de educação para as instituições federais. A proposta é alvo de críticas tanto do setor privado de ensino quanto de representantes das universidades federais e tramita no Congresso.
Tem cinco livros publicados: "O Sistema Soviético", "Em defesa do socialismo", "Desorganizando o consenso", "Sindicatos, cooperativas e socialismo" e "Trabalho e linguagem".
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