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09/11/2006
-
20h18
CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha, em Rancharia
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu na madrugada de hoje três fazendas no Pontal do Paranapanema (oeste de SP), aumentando para sete o número de propriedades rurais invadidas na região no período de duas semanas, após o movimento pôr fim à trégua do período eleitoral. O movimento classificou as ações de um "alerta" ao governador eleito, José Serra (PSDB).
Conforme números do MST, 320 integrantes se dividiram em três grupos para invadir hoje as fazendas Porto Maria, em Rosana, Nossa Senhora Aparecida, em Presidente Epitácio, e Aprumado, em Rancharia.
Na última terça-feira, havia sido tomada a fazenda São Matheus, em João Ramalho, outra cidade da região. Já no último dia 25, às vésperas da votação do segundo turno das eleições, quando o MST deu início ao que batizou de "jornada de luta", os alvos foram a São Luís, em Presidente Bernardes, Santa Cruz, em Mirante do Paranapanema, e São José, em Teodoro Sampaio.
Só neste ano o Pontal já foi palco de 49 invasões de fazendas, indica levantamento do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Segundo o membro da direção regional do MST Aparecido Maia, as ações têm objetivo de "fazer um alerta" ao governador eleito de São Paulo, José Serra. "As ocupações são um alerta ao novo governador. Queremos a solução para as famílias que estão há quatro anos acampadas e que ele resolva a situação", disse.
Para Maia, o Pontal viveu "quatro anos de atraso com o ex-governador Geraldo Alckmin". "Alckmin prometeu assentar 1,4 mil famílias e não assentou nenhuma. A nossa esperança é que o ano de 2007 seja de avanço e que o novo governador desaproprie áreas para assentar as famílias."
Ele afirmou que "as ações do MST vão continuar". "Nós não temos recesso", disse.
Ainda conforme o coordenador do MST, "as áreas ocupadas estão sendo negociadas com os governos do Estado e federal". A assessoria de imprensa do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) confirmou a informação. Os representantes e proprietários das fazendas não foram encontrados pela reportagem.
Na fazenda do Aprumado, que pertence ao ex-governador paulista Paulo Egydio Martins, alvo da nona invasão registrada nos últimos dois anos, os sem-terra se alojaram em cinco das seis casas na propriedade. De acordo com um funcionário, que não quis se identificar, no local há móveis e utensílios que pertencem ao ex-governador.
A Polícia Militar compareceu no local para fazer o boletim de ocorrência e colheu informações sobre os membros do MST que participaram da invasão.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre invasões de terra
MST invade no Pontal e faz "alerta" a Serra
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da Agência Folha, em Rancharia
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu na madrugada de hoje três fazendas no Pontal do Paranapanema (oeste de SP), aumentando para sete o número de propriedades rurais invadidas na região no período de duas semanas, após o movimento pôr fim à trégua do período eleitoral. O movimento classificou as ações de um "alerta" ao governador eleito, José Serra (PSDB).
Conforme números do MST, 320 integrantes se dividiram em três grupos para invadir hoje as fazendas Porto Maria, em Rosana, Nossa Senhora Aparecida, em Presidente Epitácio, e Aprumado, em Rancharia.
Na última terça-feira, havia sido tomada a fazenda São Matheus, em João Ramalho, outra cidade da região. Já no último dia 25, às vésperas da votação do segundo turno das eleições, quando o MST deu início ao que batizou de "jornada de luta", os alvos foram a São Luís, em Presidente Bernardes, Santa Cruz, em Mirante do Paranapanema, e São José, em Teodoro Sampaio.
Só neste ano o Pontal já foi palco de 49 invasões de fazendas, indica levantamento do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Segundo o membro da direção regional do MST Aparecido Maia, as ações têm objetivo de "fazer um alerta" ao governador eleito de São Paulo, José Serra. "As ocupações são um alerta ao novo governador. Queremos a solução para as famílias que estão há quatro anos acampadas e que ele resolva a situação", disse.
Para Maia, o Pontal viveu "quatro anos de atraso com o ex-governador Geraldo Alckmin". "Alckmin prometeu assentar 1,4 mil famílias e não assentou nenhuma. A nossa esperança é que o ano de 2007 seja de avanço e que o novo governador desaproprie áreas para assentar as famílias."
Ele afirmou que "as ações do MST vão continuar". "Nós não temos recesso", disse.
Ainda conforme o coordenador do MST, "as áreas ocupadas estão sendo negociadas com os governos do Estado e federal". A assessoria de imprensa do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) confirmou a informação. Os representantes e proprietários das fazendas não foram encontrados pela reportagem.
Na fazenda do Aprumado, que pertence ao ex-governador paulista Paulo Egydio Martins, alvo da nona invasão registrada nos últimos dois anos, os sem-terra se alojaram em cinco das seis casas na propriedade. De acordo com um funcionário, que não quis se identificar, no local há móveis e utensílios que pertencem ao ex-governador.
A Polícia Militar compareceu no local para fazer o boletim de ocorrência e colheu informações sobre os membros do MST que participaram da invasão.
Especial
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