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09/11/2006 - 21h14

Jarbas diz que Lula não vai ter "o PMDB todo"

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse hoje, em Recife, que não integrará a base governista do seu partido no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmou, porém, que não se oporá a discutir as reformas, principalmente a política, que considera a "mãe" de todas.

"Se o presidente da República está esperando ter o PMDB todo, ele pode tirar isso da cabeça", afirmou Jarbas. "Ele não vai ter o PMDB todo, porque eu não sou PMDB governista", declarou, em entrevista à Rádio Jornal.

Remanescente do chamado grupo de autênticos do PMDB, o senador eleito ironizou ainda os adesistas do seu partido --a quem já definiu como um "saco de gatos"--, insinuando que eles estariam trocando apoio por cargos.

"Se ele [Lula] quer ampliar o PMDB governista, acho que tem condições de ampliar, porque o pessoal geralmente tem um atrativo muito grande por cargos", disse. "Mas eu não vou fazer parte dessa base."

Segundo Jarbas, governadores, deputados e prefeitos, além de "cinco ou seis senadores" que conhece, também "não aceitam esse caminho". "Fui eleito senador pelo campo da oposição."

O ex-governador disse pertencer ao PMDB que ajudará Lula e seu governo apenas "naquilo que diga respeito às reformas, às mudanças, aos projetos que considerar corretos, enviados ao Congresso Nacional".

Como exemplo, ele citou a reforma política, que classificou de "mãe das reformas". "Se for uma iniciativa governamental, de Lula, se o presidente quiser tomar essa iniciativa, ótimo", afirmou. "Vamos acrescentar, vamos tirar, vamos melhorar a proposta."

Eleito senador com 56,14% dos votos válidos, Jarbas disse também que o presidente usou "muito dinheiro para a conquista de eleitorados" e que, agora, "vai ter que cortar [gastos]".

"Onde, eu não sei, mas ele vai ter que fazer cortes para poder equilibrar as contas", declarou.

Governador de Pernambuco por sete anos e três meses consecutivos, Jarbas Vasconcelos manteve em seu governo uma relação amistosa, porém crítica, com o governo Lula.

Na eleição estadual, apoiou seu ex-vice, José Mendonça Filho (PFL), que assumiu o cargo em abril, quando ele deixou o governo para se candidatar ao Senado. O pefelista foi derrotado no segundo turno pelo ex-ministro Eduardo Campos (PSB), que teve o apoio do PT.

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