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16/11/2006
-
09h45
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo pressionado por aliados em diversos partidos a definir o espaço que cada um deles terá no segundo governo. Alguns ameaçam desembarcar do barco do petista.
Ontem, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), pediu "mais agilidade" do presidente, e disse que algumas decisões são "para ontem". "Já pedi a audiência com o presidente, estou esperando. Quanto mais demora, mais se criam ruídos entre os partidos", disse Ideli, uma espécie de porta-voz da insatisfação petista com o modo com que o PT vem sendo tratado em comparação com outros partidos --especialmente o PMDB.
Legendas como PSB, PC do B e PP também aguardam por um telefonema do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, para a conversa definidora. Também estão incomodadas com a prioridade dada pelo presidente aos peemedebistas no segundo ministério.
Enquanto aguardam, as legendas já definiram suas prioridades. Como regra geral, querem manter as pastas que já têm, recuperar as que perderam e, se possível, levar mais um ou dois ministérios.
O PT quer somar dois ministérios além dos 16 que tem hoje: Cidades e Saúde. São duas pastas que têm orçamento polpudo e que o partido já comandou, mas perdeu para PP e PMDB, respectivamente. No Legislativo, o desejo dos petistas é tirar do PC do B a presidência da Câmara e recuperar a liderança do governo no Senado, hoje com Romero Jucá (PMDB-RR).
O PSB definiu dois pedidos que levará a Lula em conversa que deve ocorrer com o presidente do partido, Eduardo Campos (governador eleito de Pernambuco). Pretendem manter Ciência e Tecnologia, mas substituindo Sergio Rezende, de perfil técnico, por um político. Candidatos à vaga são o líder do partido na Câmara, Alexandre Cardoso (RJ), o deputado gaúcho Beto Albuquerque e o senador eleito Renato Casagrande (ES). Outro objetivo é conquistar uma pasta de grande orçamento, como Saúde ou Integração Nacional.
O PP quer manter as Cidades e avançar para Integração Nacional e Transportes. "Todos querem espaço", diz o líder do partido na Câmara, Mario Negromonte (BA), que aguarda um telefonema do Planalto.
O PR (ex-PL) já pediu a Lula a volta do senador eleito Alfredo Nascimento (AM) para os Transportes. Já o PC do B, fragilizado por não ter conseguido superar a cláusula de barreira, ficará satisfeito se mantiver os Esportes e a presidência da Câmara. Toda a discussão fica em suspenso, no entanto, até uma definição com os peemedebistas. Uma sinalização pode ser dada amanhã, em reunião de governadores do partido.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo pressionado por aliados em diversos partidos a definir o espaço que cada um deles terá no segundo governo. Alguns ameaçam desembarcar do barco do petista.
Ontem, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), pediu "mais agilidade" do presidente, e disse que algumas decisões são "para ontem". "Já pedi a audiência com o presidente, estou esperando. Quanto mais demora, mais se criam ruídos entre os partidos", disse Ideli, uma espécie de porta-voz da insatisfação petista com o modo com que o PT vem sendo tratado em comparação com outros partidos --especialmente o PMDB.
Legendas como PSB, PC do B e PP também aguardam por um telefonema do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, para a conversa definidora. Também estão incomodadas com a prioridade dada pelo presidente aos peemedebistas no segundo ministério.
Enquanto aguardam, as legendas já definiram suas prioridades. Como regra geral, querem manter as pastas que já têm, recuperar as que perderam e, se possível, levar mais um ou dois ministérios.
O PT quer somar dois ministérios além dos 16 que tem hoje: Cidades e Saúde. São duas pastas que têm orçamento polpudo e que o partido já comandou, mas perdeu para PP e PMDB, respectivamente. No Legislativo, o desejo dos petistas é tirar do PC do B a presidência da Câmara e recuperar a liderança do governo no Senado, hoje com Romero Jucá (PMDB-RR).
O PSB definiu dois pedidos que levará a Lula em conversa que deve ocorrer com o presidente do partido, Eduardo Campos (governador eleito de Pernambuco). Pretendem manter Ciência e Tecnologia, mas substituindo Sergio Rezende, de perfil técnico, por um político. Candidatos à vaga são o líder do partido na Câmara, Alexandre Cardoso (RJ), o deputado gaúcho Beto Albuquerque e o senador eleito Renato Casagrande (ES). Outro objetivo é conquistar uma pasta de grande orçamento, como Saúde ou Integração Nacional.
O PP quer manter as Cidades e avançar para Integração Nacional e Transportes. "Todos querem espaço", diz o líder do partido na Câmara, Mario Negromonte (BA), que aguarda um telefonema do Planalto.
O PR (ex-PL) já pediu a Lula a volta do senador eleito Alfredo Nascimento (AM) para os Transportes. Já o PC do B, fragilizado por não ter conseguido superar a cláusula de barreira, ficará satisfeito se mantiver os Esportes e a presidência da Câmara. Toda a discussão fica em suspenso, no entanto, até uma definição com os peemedebistas. Uma sinalização pode ser dada amanhã, em reunião de governadores do partido.
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