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17/11/2006
-
17h10
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio à pressão dos partidos aliados para a definição de cargos no seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode deixar para o ano que vem a escolha dos novos ministros que vão compor o governo. O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta sexta-feira que "não é improvável que Lula ultrapasse dezembro" para dar início à reforma ministerial --o que inclui começar o mandato sem trocar vários auxiliares do governo.
"São especulações sadias neste momento, mas o presidente não tem pressa, vai fazer isso só em dezembro. O presidente não tem o compromisso de apresentar o ministério totalmente reformado até o final do ano. Ele tem que levar em consideração que partidos vão compor a coalizão, além de medidas econômicas e sociais do segundo governo", disse.
As mudanças no ministério podem ocorrer somente depois das eleições para a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, diante da disputa entre o PT e o PMDB para o comando da Câmara. Aliados de Lula afirmam que seria uma maneira de adequar os partidos no governo de uma só vez sem o risco de "rachas" na base aliada.
Antes de definir os novos ministros, Lula quer conversar com partidos aliados e da oposição para montar o "quebra-cabeças" do primeiro escalão do governo para os próximos quatro anos.
Transição
Tarso disse que o presidente dividiu o processo de transição para o segundo mandato em três etapas. A primeira delas, que está sendo cumprida desde que foi reeleito, é manter contatos informais com as principais lideranças políticas em busca do diálogo para a chamada "coalizão política". A segunda, a ser cumprida a partir da semana que vem, inclui conversas institucionais com os partidos políticos que podem compor seu novo governo.
Depois do PT, que se reuniu institucionalmente com Lula nesta quinta-feira, o PMDB será a primeira legenda a ser recebida pelo presidente --que já marcou para a próxima quarta-feira um encontro com o presidente Michel Temer (SP).
Além do PMDB, Lula se reúne nos próximos dias com o PDT e o PV. "O ponto de partida é a formação da coalizão", disse Tarso.
Os três partidos que serão recebidos por Lula, segundo Tarso, têm "simpatia" para integrar a base aliada do governo. O presidente também está em busca do apoio do PL, PP e PTB --que segundo Tarso podem apoiar o governo, sem necessariamente integrar a coalizão política.
"O partido que integrar a coalizão terá obrigatoriedade com a sua base parlamentar no Congresso. A representação dos partidos no governo vai ter como referência a sua força política no parlamento. Mas o governo pode ter ministros de partidos que não integram a coalizão", disse.
Tarso garante que a reforma ministerial, terceira etapa do processo de transição, terá início somente depois que Lula concluir as conversas com os partidos e as discussões sobre mudanças no campo econômico e social no segundo mandato.
O ministro desconversou quando questionado se permanece no governo. "A última coisa com que estou preocupado é com o meu destino. Se eu vou permanecer ou não, nada está definido. Tenho o compromisso de servir o presidente até o final do ano", disse.
Quando questionado sobre o fato de estar sendo cotado para assumir várias pastas no segundo mandato --como a própria articulação política, o Ministério da Justiça ou a presidência do PT-- Tarso reagiu com bom humor. "Por que sou considerado um curinga? Posso ir para casa."
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da Folha Online, em Brasília
Em meio à pressão dos partidos aliados para a definição de cargos no seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode deixar para o ano que vem a escolha dos novos ministros que vão compor o governo. O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta sexta-feira que "não é improvável que Lula ultrapasse dezembro" para dar início à reforma ministerial --o que inclui começar o mandato sem trocar vários auxiliares do governo.
"São especulações sadias neste momento, mas o presidente não tem pressa, vai fazer isso só em dezembro. O presidente não tem o compromisso de apresentar o ministério totalmente reformado até o final do ano. Ele tem que levar em consideração que partidos vão compor a coalizão, além de medidas econômicas e sociais do segundo governo", disse.
As mudanças no ministério podem ocorrer somente depois das eleições para a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, diante da disputa entre o PT e o PMDB para o comando da Câmara. Aliados de Lula afirmam que seria uma maneira de adequar os partidos no governo de uma só vez sem o risco de "rachas" na base aliada.
Antes de definir os novos ministros, Lula quer conversar com partidos aliados e da oposição para montar o "quebra-cabeças" do primeiro escalão do governo para os próximos quatro anos.
Transição
Tarso disse que o presidente dividiu o processo de transição para o segundo mandato em três etapas. A primeira delas, que está sendo cumprida desde que foi reeleito, é manter contatos informais com as principais lideranças políticas em busca do diálogo para a chamada "coalizão política". A segunda, a ser cumprida a partir da semana que vem, inclui conversas institucionais com os partidos políticos que podem compor seu novo governo.
Depois do PT, que se reuniu institucionalmente com Lula nesta quinta-feira, o PMDB será a primeira legenda a ser recebida pelo presidente --que já marcou para a próxima quarta-feira um encontro com o presidente Michel Temer (SP).
Além do PMDB, Lula se reúne nos próximos dias com o PDT e o PV. "O ponto de partida é a formação da coalizão", disse Tarso.
Os três partidos que serão recebidos por Lula, segundo Tarso, têm "simpatia" para integrar a base aliada do governo. O presidente também está em busca do apoio do PL, PP e PTB --que segundo Tarso podem apoiar o governo, sem necessariamente integrar a coalizão política.
"O partido que integrar a coalizão terá obrigatoriedade com a sua base parlamentar no Congresso. A representação dos partidos no governo vai ter como referência a sua força política no parlamento. Mas o governo pode ter ministros de partidos que não integram a coalizão", disse.
Tarso garante que a reforma ministerial, terceira etapa do processo de transição, terá início somente depois que Lula concluir as conversas com os partidos e as discussões sobre mudanças no campo econômico e social no segundo mandato.
O ministro desconversou quando questionado se permanece no governo. "A última coisa com que estou preocupado é com o meu destino. Se eu vou permanecer ou não, nada está definido. Tenho o compromisso de servir o presidente até o final do ano", disse.
Quando questionado sobre o fato de estar sendo cotado para assumir várias pastas no segundo mandato --como a própria articulação política, o Ministério da Justiça ou a presidência do PT-- Tarso reagiu com bom humor. "Por que sou considerado um curinga? Posso ir para casa."
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