Publicidade
Publicidade
17/11/2006
-
17h52
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Apesar da disposição do PFL de manter oposição "dura" ao governo federal no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o governador eleito do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), disse nesta sexta-feira ao presidente estar "aberto ao diálogo" com o Poder Executivo. A disputa política entre governo e oposição, segundo Arruda, vai ocorrer no âmbito do Congresso Nacional --sem o envolvimento direto dos governadores eleitos.
"As questões entre partidos que apóiam o governo e a oposição se darão no fórum apropriado, que é o Congresso. Os partidos políticos têm posições definidas, colocadas no Congresso. Os que têm responsabilidade de governar os Estados têm que estar abertos ao diálogo", afirmou o governador.
Ao contrário do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que declarou não estar disposto a "atravessar a rua" que separa o Congresso do Palácio do Planalto para dialogar com Lula, Arruda disse que vai buscar uma relação cordial com o presidente. "Eu vou atravessar a rua em todos os casos. O Distrito Federal é hospedeiro dos principais poderes da República, e isso exige inclusive elegância no trato [com o presidente]", afirmou.
Arruda disse que os principais líderes do PFL deram o aval para o seu encontro com o presidente --que esta manhã também recebeu outro governador de oposição, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Mas garantiu que, apesar das diferenças políticas e ideológicas entre o PT e o PFL, a oposição vai colaborar com o governo nas votações de projetos essenciais ao país. "As pessoas podem ter posições políticas divergentes, mas isso não impede o diálogo."
Frase polêmica
Ao ser questionado sobre a polêmica frase dita durante a campanha eleitoral à presidência da República, na qual insinuou que o presidente Lula bebia demais, o governador desconversou. "Não me lembro disso não", disse.
A frase foi dita pelo governador durante convenção nacional do PFL, realizada em junho, na qual o senador José Jorge (PFL-PE) foi escolhido para concorrer à vice-presidência da República na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na ocasião, Arruda disse que "o Brasil é como um grande avião e eu não gostaria de, nesse avião, encontrar [ter como comandante] um antigo companheiro de boteco. Eu não quero pilotando um homem com o sorriso fácil dos demagogos, mas que traga a serenidade dos responsáveis."
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
Governador do PFL diz que terá relação cordial com Lula no 2º mandato
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Apesar da disposição do PFL de manter oposição "dura" ao governo federal no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o governador eleito do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), disse nesta sexta-feira ao presidente estar "aberto ao diálogo" com o Poder Executivo. A disputa política entre governo e oposição, segundo Arruda, vai ocorrer no âmbito do Congresso Nacional --sem o envolvimento direto dos governadores eleitos.
"As questões entre partidos que apóiam o governo e a oposição se darão no fórum apropriado, que é o Congresso. Os partidos políticos têm posições definidas, colocadas no Congresso. Os que têm responsabilidade de governar os Estados têm que estar abertos ao diálogo", afirmou o governador.
Ao contrário do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que declarou não estar disposto a "atravessar a rua" que separa o Congresso do Palácio do Planalto para dialogar com Lula, Arruda disse que vai buscar uma relação cordial com o presidente. "Eu vou atravessar a rua em todos os casos. O Distrito Federal é hospedeiro dos principais poderes da República, e isso exige inclusive elegância no trato [com o presidente]", afirmou.
Arruda disse que os principais líderes do PFL deram o aval para o seu encontro com o presidente --que esta manhã também recebeu outro governador de oposição, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Mas garantiu que, apesar das diferenças políticas e ideológicas entre o PT e o PFL, a oposição vai colaborar com o governo nas votações de projetos essenciais ao país. "As pessoas podem ter posições políticas divergentes, mas isso não impede o diálogo."
Frase polêmica
Ao ser questionado sobre a polêmica frase dita durante a campanha eleitoral à presidência da República, na qual insinuou que o presidente Lula bebia demais, o governador desconversou. "Não me lembro disso não", disse.
A frase foi dita pelo governador durante convenção nacional do PFL, realizada em junho, na qual o senador José Jorge (PFL-PE) foi escolhido para concorrer à vice-presidência da República na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na ocasião, Arruda disse que "o Brasil é como um grande avião e eu não gostaria de, nesse avião, encontrar [ter como comandante] um antigo companheiro de boteco. Eu não quero pilotando um homem com o sorriso fácil dos demagogos, mas que traga a serenidade dos responsáveis."
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice