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17/11/2006
-
18h28
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai buscar apoio da oposição na tentativa de atrair as legendas para a chamada "coalizão política" que pretende formar no seu segundo mandato. Lula quer conversar com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e vai propor aos governadores de oposição uma reunião conjunta para discutir a governabilidade do país nos próximos quatro anos.
"Em grupo, vamos conversar com a oposição [governadores] daqui a dez ou 15", disse o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro.
O presidente vai apresentar à oposição uma lista de prioridades do segundo mandato, que inclui a votação das reformas política, tributária e da Previdência Social.
Segundo o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente avalia que para a votação de assuntos de interesse do país é possível conseguir o apoio da oposição.
"Depois da eleição que foi muito disputada e da crise política, o presidente não vai perder a oportunidade de distensionar. Eu não perderia", disse Renan. "Se houver possibilidade de ter uma coalizão com a oposição, Lula buscará uma necessidade de convergência em torno de votações."
Na semana que vem, Lula dá início ao diálogo com lideranças que fizeram oposição ao seu primeiro governo, como o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Lula aposta que, após a conversa com Temer, o PMDB pode retomar a unidade em torno do apoio ao seu próximo governo --mesmo depois do racha no partido durante a campanha eleitoral à Presidência, quando Temer apoiou o candidato tucano Geraldo Alckmin.
O presidente já deu início às conversas com governadores da oposição e, nos próximos dias, pretende receber os tucanos José Serra (São Paulo) e Yeda Crusius (Rio Grande do Sul).
Nesta sexta-feira, Lula recebeu Cássio Cunha Lima (Paraíba), do PSDB, e José Roberto Arruda (Distrito Federal), do PFL. Os dois manifestaram ao presidente disposição para o diálogo, independentemente da postura de oposição a ser seguida pelas legendas no Congresso.
Aliados
Além das conversas com a oposição, Lula se reúne na semana que vem com os governadores da base aliada eleitos em outubro. Segundo Tarso, o encontro é uma iniciativa dos próprios governadores para um encontro com o presidente em busca do diálogo no seu segundo mandato. "O presidente vai como convidado", disse Tarso.
Lula também quer conversar com movimentos sociais e entidades como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Tarso vai procurar, ainda, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para discutir o projeto de reforma política elaborado pelo órgão.
"O governo quer tanto aproveitar o projeto [de reforma política] que está encampando como ouvir a proposta da OAB", disse.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula vai procurar oposição em busca da governabilidade do segundo mandato
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai buscar apoio da oposição na tentativa de atrair as legendas para a chamada "coalizão política" que pretende formar no seu segundo mandato. Lula quer conversar com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e vai propor aos governadores de oposição uma reunião conjunta para discutir a governabilidade do país nos próximos quatro anos.
"Em grupo, vamos conversar com a oposição [governadores] daqui a dez ou 15", disse o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro.
O presidente vai apresentar à oposição uma lista de prioridades do segundo mandato, que inclui a votação das reformas política, tributária e da Previdência Social.
Segundo o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente avalia que para a votação de assuntos de interesse do país é possível conseguir o apoio da oposição.
"Depois da eleição que foi muito disputada e da crise política, o presidente não vai perder a oportunidade de distensionar. Eu não perderia", disse Renan. "Se houver possibilidade de ter uma coalizão com a oposição, Lula buscará uma necessidade de convergência em torno de votações."
Na semana que vem, Lula dá início ao diálogo com lideranças que fizeram oposição ao seu primeiro governo, como o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Lula aposta que, após a conversa com Temer, o PMDB pode retomar a unidade em torno do apoio ao seu próximo governo --mesmo depois do racha no partido durante a campanha eleitoral à Presidência, quando Temer apoiou o candidato tucano Geraldo Alckmin.
O presidente já deu início às conversas com governadores da oposição e, nos próximos dias, pretende receber os tucanos José Serra (São Paulo) e Yeda Crusius (Rio Grande do Sul).
Nesta sexta-feira, Lula recebeu Cássio Cunha Lima (Paraíba), do PSDB, e José Roberto Arruda (Distrito Federal), do PFL. Os dois manifestaram ao presidente disposição para o diálogo, independentemente da postura de oposição a ser seguida pelas legendas no Congresso.
Aliados
Além das conversas com a oposição, Lula se reúne na semana que vem com os governadores da base aliada eleitos em outubro. Segundo Tarso, o encontro é uma iniciativa dos próprios governadores para um encontro com o presidente em busca do diálogo no seu segundo mandato. "O presidente vai como convidado", disse Tarso.
Lula também quer conversar com movimentos sociais e entidades como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Tarso vai procurar, ainda, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para discutir o projeto de reforma política elaborado pelo órgão.
"O governo quer tanto aproveitar o projeto [de reforma política] que está encampando como ouvir a proposta da OAB", disse.
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