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21/11/2006 - 09h13

Lula reforça agenda política para formar governo de coalizão

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PEDRO DIAS LEITE
VALDO CRUZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em busca de um governo de coalizão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou uma agenda política que prevê reuniões com governadores aliados e da oposição, encontros com movimentos sociais e audiências com partidos como PMDB, PV e PDT.

Na quinta-feira, Lula participa, como convidado, de um almoço em Brasília com governadores aliados. Depois, convidará os da oposição para reuniões no Planalto, que poderão ser individuais ou por partido.

Na própria quinta, Lula já recebe em audiência no Planalto, às 16h, o governador reeleito Alcides Rodrigues (PP-GO), que contou com o apoio na eleição do tucano Marconi Perilo.

No mesmo dia, o presidente se reúne com o PV. Além do PV, Lula também agendou encontro com o PDT em 28 de novembro. Os dois partidos não apoiaram o petista em sua campanha à reeleição. Agora, o governo tenta atraí-los para sua base de apoio no Congresso.

Entre os partidos, a audiência mais importante acontece amanhã, às 12h, quando Lula recebe o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Defensor da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), Temer foi convidado no esforço para unificar o partido.

Movimentos sociais

No caso dos movimentos sociais, o presidente decidiu chamar os dirigentes dessas entidades para reafirmar que as "portas continuam abertas" no segundo mandato.

Segundo assessores, Lula avalia que teve um relacionamento muito próximo com esses movimentos no primeiro mandato e que agora precisa dar uma demonstração clara de que tal disposição será mantida. Entre as entidades a serem chamadas estão o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

A agenda política visando o governo de coalizão foi definida ontem na reunião de coordenação política. A avaliação é que o cenário é favorável à formação de uma base mais sólida no Congresso, mas ela dependerá principalmente da partilha dos ministérios. Por isso, Lula quer, primeiro, negociar o seu "governo de coalizão" e políticas para destravar o crescimento. Só depois partiria para a oficialização de sua nova equipe.

Partilha

O presidente chegou a dizer que poderia começar o próximo ano com boa parte da atual equipe. Essa estratégia, porém, não agrada aos aliados, que preferem a partilha já dos cargos nos ministérios. Segundo a Folha apurou, apesar das declarações de Lula, ainda não há uma definição sobre a data de montagem da equipe. Lula está inclinado pelo próximo ano, mas pode antecipar caso consiga negociar sua base de apoio.

"A avaliação que o presidente tem é que há um novo patamar hoje de relacionamento entre governo e oposição. Há uma enorme possibilidade de que o governo tenha uma base bem mais sólida no Parlamento no segundo mandato", afirmou o ministro Tarso Genro.

No caso dos governadores da oposição, Lula sabe que não conseguirá reuni-los em Brasília juntamente com os aliados. Daí que sua estratégia será fazer sondagens para encontros individuais ou por grupos. Lula praticamente desistiu da idéia de fazer a posse em duas etapas --uma no dia 1º de janeiro e outra semanas mais tarde. O governo acha mais simples fazer tudo de uma vez só.

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