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21/11/2006
-
11h00
da Folha Online, em Brasília
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) deve apresentar nesta terça-feira à Mesa Diretora do Senado pedido de abertura de uma CPI para investigar os repasses do governo federal a ONGs (Organizações Não-Governamentais).
Heráclito conseguiu reunir 34 assinaturas para solicitar a instalação da CPI --que tem o apoio de parlamentares do governo e da oposição.
O PSDB e o PFL querem investigar se a ONG UniTrabalho, que tem como colaborador Jorge Lorenzetti, ex-petista que teria recebido mais de R$ 18 milhões da União desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva --como denuncia a ONG Contas Abertas.
O senador também pretende incluir nas investigações a denúncia de que a Petrobras teria repassado pelo menos R$ 31 milhões para ONGs ligadas ao PT. Heráclito não descarta reunir assinaturas também da Câmara dos Deputados para propor a abertura de CPI mista para investigar as ONGs.
A expectativa no Senado, no entanto, é que a CPI das ONGs não saia do papel em conseqüência do pouco tempo para as investigações --uma vez que o recesso do Congresso Nacional terá início em 22 de dezembro.
Alguns parlamentares da oposição, como o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), reconhecem que seria mais prudente deixar para o ano que vem o pedido de abertura da CPI, com as investigações a cargo dos parlamentares que forem empossados em fevereiro.
Mesmo com o pessimismo da própria oposição, Heráclito acredita na instalação da CPI ainda este ano. "Eu insisto que dá. Não podemos ser omissos nessa questão, certamente vamos ter convocação extraordinária do Congresso em janeiro. Eu não sou contra o funcionamento de ONGs, mas contra a clandestinidade dessas organizações", afirmou.
O senador defendeu que a CPI seja instalada e, se não houver tempo para concluir as investigações, a comissão poderá ser reaberta na próxima legislatura. "Se o governo botar a cabeça para funcionar, investiga em 60 dias e começa o novo governo com tudo isso esclarecido."
Apesar das assinaturas recolhidas pelo senador, a Mesa Diretora do Senado é quem decide sobre a instalação da CPI, com a palavra final do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI das ONGs
Pefelista deve solicitar hoje a CPI das ONGs
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O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) deve apresentar nesta terça-feira à Mesa Diretora do Senado pedido de abertura de uma CPI para investigar os repasses do governo federal a ONGs (Organizações Não-Governamentais).
Heráclito conseguiu reunir 34 assinaturas para solicitar a instalação da CPI --que tem o apoio de parlamentares do governo e da oposição.
O PSDB e o PFL querem investigar se a ONG UniTrabalho, que tem como colaborador Jorge Lorenzetti, ex-petista que teria recebido mais de R$ 18 milhões da União desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva --como denuncia a ONG Contas Abertas.
O senador também pretende incluir nas investigações a denúncia de que a Petrobras teria repassado pelo menos R$ 31 milhões para ONGs ligadas ao PT. Heráclito não descarta reunir assinaturas também da Câmara dos Deputados para propor a abertura de CPI mista para investigar as ONGs.
A expectativa no Senado, no entanto, é que a CPI das ONGs não saia do papel em conseqüência do pouco tempo para as investigações --uma vez que o recesso do Congresso Nacional terá início em 22 de dezembro.
Alguns parlamentares da oposição, como o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), reconhecem que seria mais prudente deixar para o ano que vem o pedido de abertura da CPI, com as investigações a cargo dos parlamentares que forem empossados em fevereiro.
Mesmo com o pessimismo da própria oposição, Heráclito acredita na instalação da CPI ainda este ano. "Eu insisto que dá. Não podemos ser omissos nessa questão, certamente vamos ter convocação extraordinária do Congresso em janeiro. Eu não sou contra o funcionamento de ONGs, mas contra a clandestinidade dessas organizações", afirmou.
O senador defendeu que a CPI seja instalada e, se não houver tempo para concluir as investigações, a comissão poderá ser reaberta na próxima legislatura. "Se o governo botar a cabeça para funcionar, investiga em 60 dias e começa o novo governo com tudo isso esclarecido."
Apesar das assinaturas recolhidas pelo senador, a Mesa Diretora do Senado é quem decide sobre a instalação da CPI, com a palavra final do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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