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21/11/2006
-
19h26
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti isentou nesta terça-feira o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, de envolvimento na compra do dossiê antitucano. Lorenzetti assumiu a responsabilidade por autorizar a negociação do material com o empresário Luiz Antonio Vedoin e sem a participação de Berzoini.
"Sobre esse processo, não troquei nenhuma informação com o deputado Berzoini. Eu tratava com ele de agendas da campanha [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva], mas nunca desse assunto", disse.
Apesar de admitir as negociações de petistas com Vedoin, Lorenzetti foi enfático ao afirmar que o partido não autorizou o pagamento de R$ 1,7 milhão em troca do material.
Segundo o ex-analista do PT, a ordem era negociar o conteúdo do dossiê em troca de apoio jurídico aos Vedoin quando eles fossem tornar públicas as denúncias contra tucanos, sem qualquer quantia financeira.
"A assistência jurídica foi uma demanda deles. Nós iríamos disponibilizar advogados para reforçar a defesa jurídica. O nosso interesse era o sucesso da entrevista do Vedoin [às revistas Época e IstoÉ] e a entrega dos documentos à Polícia Federal", disse.
Lorenzetti também negou ter negociado o material antitucano com Valdebran Padilha (apontado como o elo entre o PT e os Vedoin em Mato Grosso), Vedoin ou Paulo Roberto Trevisan, tio de Vedoin.
Conteúdo do dossiê
O ex-analista do PT disse que com base nas informações que recebeu de Gedimar Passos e Expedito Veloso as informações presentes no dossiê contra tucanos seriam "consistentes".
Apesar de não ter tido acesso ao conteúdo do dossiê, Lorenzetti disse que pelos relatos recebidos o material reunia cópias de cheques no valor de R$ 600 mil que seriam repassados a Abel Pereira (empresário apontado como elo entre o PSDB e a máfia dos sanguessugas) para pagar dívidas da campanha do tucano José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Lorenzetti disse que o dossiê também traz uma fita de vídeo com a imagem de Serra ao lado dos Vedoin, além de extratos bancários --o que reforçaria a tese de que os petistas teriam interesse na compra do material para prejudicar a campanha do tucano em São Paulo.
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Lorenzetti inocenta Berzoini de participação no dossiegate
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da Folha Online, em Brasília
Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti isentou nesta terça-feira o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, de envolvimento na compra do dossiê antitucano. Lorenzetti assumiu a responsabilidade por autorizar a negociação do material com o empresário Luiz Antonio Vedoin e sem a participação de Berzoini.
"Sobre esse processo, não troquei nenhuma informação com o deputado Berzoini. Eu tratava com ele de agendas da campanha [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva], mas nunca desse assunto", disse.
Apesar de admitir as negociações de petistas com Vedoin, Lorenzetti foi enfático ao afirmar que o partido não autorizou o pagamento de R$ 1,7 milhão em troca do material.
Segundo o ex-analista do PT, a ordem era negociar o conteúdo do dossiê em troca de apoio jurídico aos Vedoin quando eles fossem tornar públicas as denúncias contra tucanos, sem qualquer quantia financeira.
"A assistência jurídica foi uma demanda deles. Nós iríamos disponibilizar advogados para reforçar a defesa jurídica. O nosso interesse era o sucesso da entrevista do Vedoin [às revistas Época e IstoÉ] e a entrega dos documentos à Polícia Federal", disse.
Lorenzetti também negou ter negociado o material antitucano com Valdebran Padilha (apontado como o elo entre o PT e os Vedoin em Mato Grosso), Vedoin ou Paulo Roberto Trevisan, tio de Vedoin.
Conteúdo do dossiê
O ex-analista do PT disse que com base nas informações que recebeu de Gedimar Passos e Expedito Veloso as informações presentes no dossiê contra tucanos seriam "consistentes".
Apesar de não ter tido acesso ao conteúdo do dossiê, Lorenzetti disse que pelos relatos recebidos o material reunia cópias de cheques no valor de R$ 600 mil que seriam repassados a Abel Pereira (empresário apontado como elo entre o PSDB e a máfia dos sanguessugas) para pagar dívidas da campanha do tucano José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Lorenzetti disse que o dossiê também traz uma fita de vídeo com a imagem de Serra ao lado dos Vedoin, além de extratos bancários --o que reforçaria a tese de que os petistas teriam interesse na compra do material para prejudicar a campanha do tucano em São Paulo.
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