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22/11/2006 - 09h08

"Oposição não é feita para aderir", diz FHC sobre conversa com Lula

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CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Afirmando que "a oposição não é feita para aderir", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que "não há razão, neste momento", para uma conversa do PSDB com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, agora Lula "tem é que fazer o governo".

"Eu sempre disse que, quando o presidente convida alguém, é uma grosseria não aceitar. Agora, não vejo razão neste momento para isso. Neste momento, a coisa é outra. Ele tem que organizar o governo e fazer propostas ao país para, depois, saber: conversar sobre o quê?", disse FHC, acrescentando: "A governabilidade não está em risco. Democracia implica governo e oposição. Não precisa pacto. Ele tem é que fazer o governo".

Incrédulo sobre a real disposição de Lula para instalação de um conselho político composto por ex-presidentes, FHC lançou dúvidas também sobre sua funcionalidade. "Em cada não sei quanto tempo, vem essa idéia. Não vejo muito qual é a funcionalidade."

Após uma reunião com representantes do PSD português --na qual comparou o Brasil de hoje a Portugal do século 19 descrito por Eça de Queiroz, o do "progresso da decadência"-- FHC disse à Folha que o apoio ao governo afrontaria a decisão do eleitor.

Para FHC, "a função da oposição é fiscalizar". "Uma coisa é ter relação pessoal com quem quer que seja, mesmo uma conversa. Isso não tem nada a ver com a função política que a oposição deve ter. A oposição não é feita para aderir. É feita para discutir", afirmou.

FHC repetiu o que dissera ao PSDB num encontro a portas fechadas: que dá aflição a pressa com que a oposição busca entendimento com o governo. "O povo decidiu quem vai para o governo e quem fica na oposição. Não corresponde à decisão do povo se você sair correndo para apoiar. Para quê?", perguntou. E concluiu:

"Além do mais, precisa saber o quê. Não há diferença de ponto de vista? Se não houvesse, tudo bem. Se houver, cada um na sua".

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