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22/11/2006 - 09h29

MST interdita estradas e invade terras no Nordeste

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da Agência Folha

Agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveram ontem novas invasões e bloqueios de rodovias pelo país.

Em Pernambuco, lavradores invadiram três fazendas, bloquearam duas rodovias e promoveram um ato público urbano. Na Paraíba, eles bloquearam a BR-361 e invadiram um prédio. Desde a semana passada, integrantes de movimentos sem terra intensificaram suas ações para pressionar o governo federal a cumprir antes do final do ano reivindicações consideradas prioritárias.

Segundo o MST, as manifestações em Pernambuco reuniram cerca de mil pessoas --não houve registro de confronto com a polícia nem de prisões.

Os sem-terra agiram de forma simultânea no Estado. Às 8h, grupos protestaram no centro de Condado (106 km de Recife), bloquearam rodovias e invadiram as fazendas Uberaba, em Bonito (120 km de Recife), Cavaco, em Xexéu (162 km de Recife), e Papagaio, em São Caetano (146 km de Recife).

A BR-232 foi interditada em Moreno (35 km de Recife). Na BR-101, três barricadas foram erguidas: em Escada (80 km de Recife), Igarassu (26 km de Recife) e Goiana (80 km de Recife). Os protestos só terminaram duas horas depois, com a confirmação de uma reunião entre o MST e do Incra.

Segundo o coordenador nacional do MST Jaime Amorim, o movimento já não acredita no cumprimento das metas de assentamento para este ano. Em Pernambuco, o objetivo era assentar 5.260 famílias. Até agora foram beneficiadas só 1.099.

Na Paraíba, cerca de 60 sem-terra interditaram a BR-361, próximo a Catingueira (358 km de João Pessoa). A interdição começou às 6h e só terminou no fim da tarde. O movimento quer que o Incra faça vistoria na fazenda Boa Vista.

Em Patos (a 318 km de João Pessoa), cerca de 70 sem-terra invadiram a sede da Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba. Eles exigem a instalação de energia elétrica no assentamento Patativa do Assaré.

No Pará, o gerente da fazenda Peruano, em Eldorado de Carajás, relatou que um grupo de sem-terra matou ao menos 19 cabeças de gado. O coordenador estadual do MST Alberto da Silva Lima nega e diz que os proprietários acusam os sem-terra como forma de pressionar as famílias a saírem da região. Desde abril de 2004, cerca de 700 famílias estão acampadas em uma área da fazenda.

No Rio Grande do Sul, cerca de 300 sem-terra que partiram de Santana do Livramento em marcha até São Gabriel estavam ontem a cerca de 500 m de um grupo de quase 300 ruralistas que tenta barrar a chegada dos manifestantes ao centro de São Gabriel. O MST pressiona pela desapropriação de uma fazenda.

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