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22/11/2006 - 19h10

Serra diz que está disposto a dialogar com Lula no segundo mandato

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quarta-feira estar disposto a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em busca da chamada coalizão política para o segundo mandato do petista. Segundo o governador eleito, a relação institucional "civilizada" entre São Paulo e o governo federal é necessária em prol da governabilidade.

"Em política, a gente tem que sempre procurar o interesse público. O PSDB perdeu a eleição, o PT e seus aliados devem governar. Devemos fazer oposição sem agir de forma negativa", afirmou.

Serra disse que ainda não recebeu convite oficial do presidente Lula para reunir-se com o petista no Palácio do Planalto. "Quando eu fui eleito, o presidente me ligou. Quando ele ganhou as eleições, eu telefonei para ele e ficamos de marcar um encontro. Eu viajei para o exterior, dei ciência sobre o meu retorno, mas ainda não recebi o convite."

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), também afirmou que a oposição está aberta ao diálogo para garantir o esperado "espírito público" ao país. Kassab disse não acreditar em "racha" entre governo e oposição nos próximos quatro anos.

"A relação continuará com o espírito público. Todos queremos uma relação respeitosa, mas cabe ao PFL fiscalizar o governo", disse.

Kassab negou os rumores de divisão entre PSDB e PFL sobre a postura de oposição ao governo federal depois que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse estar disposto a dialogar com o governo. No último sábado, Virgílio pegou carona no avião presidencial e discutiu a coalizão política com Lula. "Não acredito em racha. Foi um gesto do presidente no aeroporto de oferecer carona a um senador ilustre", afirmou.

Bancada paulista

Serra e Kassab participaram esta tarde, na Câmara dos Deputados, de reunião da bancada dos deputados paulista. No encontro, o governador e o prefeito apresentaram a sugestão de seis emendas ao Orçamento da União de 2007 para o Estado e a cidade de São Paulo, que acabaram aprovadas pelos deputados.

Serra propôs a liberação de recursos para a construção do trecho sul do Rodoanel, a extensão da linha dois do metrô paulistano até Vila Prudente, a construção de linhas de superfície de trens da CPTM, além de dinheiro para que sejam erguidos novos presídios no Estado.

Já Kassab pediu aos deputados emendas para a construção de novas unidades hospitalares na cidade de São Paulo e para novos corredores de transportes.

Serra e Kassab cobraram dos parlamentares empenho para garantir que as emendas aprovadas no Orçamento tenham os recursos efetivamente liberados pelo governo --o que segundo eles não ocorreu este ano. "A gente tem que aprender a funcionar politicamente como Estado. Temos que desemperrar a execução orçamentária", cobrou Serra.

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