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22/11/2006 - 20h43

PMDB entra no governo, mas ainda tem grupo dissidente no Senado

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer, selaram nesta quarta-feira a entrada do partido no governo.

Depois de duas horas de reunião, Temer deixou o Palácio do Planalto avisando que o partido não está mais dividido entre governistas e independentes. O fim dessa divisão já havia sido estipulado por Lula como requisito para a entrada do PMDB no governo. Segundo Temer, o PMDB agora é "majoritariamente governista".

Apesar da formalização, ainda há um grupo dissidente de senadores. São eles: Joaquim Roriz (DF), Mão Santa (PI), Jarbas Vasconcelos (PE), Garibaldi Alves (RN), Almeida Lima (SE) e Geraldo Mesquita (AC). Mesmo insistindo em se manterem na oposição, eles avisaram que estão abertos para dialogar com o presidente Lula.

"Não vejo problemas em conversar com o presidente da República sobre temas como as reformas Política, da Previdência e Tributária, que são propostas de interesse nacional. O diálogo é fundamental para que esses assuntos saiam do âmbito das promessas para o das ações. O país precisa crescer, resolver os gargalos da nossa infra-estrutura. As reformas são essenciais para que isso ocorra", afirmou o senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), porta-voz do grupo dissidente.

Um dos principais interlocutores de Lula no PMDB, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerou um "ato restrito" a decisão dos dissidentes de ficarem na oposição ao governo federal nos próximos anos.

"Temos que compreender este movimento, o PMDB é um partido muito grande. São problemas que devem ser superados. Acredito na unidade do partido", afirmou.

Ele disse não acreditar que o movimento dos senadores coloque em risco a possibilidade de ser reeleito para a presidência do Senado. "Minha candidatura só existe se for consenso. Não se pode colocar a vaidade pessoal acima do interesse político."

Apoio

Temer negou que tenha recebido de Lula promessa de cargos em troca do apoio. "Não houve nenhuma conversa referente a ministérios, a cargos. Não era o nosso objetivo. Nossa concepção é a de que em face dos projetos a serem executados e a critério do presidente da República, se for o caso, para a execução destes projetos e para a conseqüência deles, o PMDB pode ser chamado para ajudá-lo na execução. Isso poderá ou não importar em ministérios e cargos para o partido", disse.

O presidente Lula apresentou uma agenda mínima para o PMDB com suas prioridades para o segundo mandato. São sete pontos que contemplam as reformas política e tributária, medidas que garantam o crescimento do país no próximo ano em 5%, a consolidação de políticas de transferência de renda, a revisão do pacto federativo e a criação de um conselho político formado pelos partidos de coalizão. Recebeu o apoio do partido para tocar estas propostas.

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