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24/11/2006
-
10h14
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
Duas novas testemunhas cujos depoimentos foram ignorados no inquérito sobre a morte do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT) afirmaram que outros suspeitos, ainda não identificados, participaram do assassinato do petista.
A declaração é importante porque, quando a delegada Elisabete Sato, do 78º Distrito Policial de São Paulo, reabriu o caso, em agosto de 2005, tinha como missão descobrir novos envolvidos. Em setembro, sem cumprir dez pedidos de investigação, a policial pediu o arquivamento por falta de provas.
No ano passado, na CPI dos Bingos, Sato disse que tinha "convicção" do envolvimento de outras pessoas no crime e que seu objetivo era descobrir isso. Hoje, quase cinco anos depois do assassinato de Daniel, ainda não se sabe quem eram os responsáveis pelo cativeiro em que o petista foi torturado.
Dos oito homens que já respondem pelo crime na Justiça, um (o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva) é apontado como o suposto mandante e os demais, como os seqüestradores.
Uma das novas testemunhas ouvidas pelo Ministério Público é José Carlos Barros, parceiro de crime de Dionísio Severo --morto na prisão, Dionísio é tido como o elo entre o ex-segurança e a quadrilha.
Barros disse ter visto um homem conhecido como "Carioca" entregar duas pistolas à mulher de Dionísio dias antes do crime. "Carioca" é suspeito de ter participado da morte.
A Promotoria ouviu também a mulher de um dos presos, que disse que o marido foi chamado de última hora para participar da ação criminosa. A pessoa que estava escalada, cuja identidade a polícia desconhece, havia faltado ao encontro.
A "melhor pista" para descobrir os criminosos do cativeiro, segundo o investigador Marcos Antonio Badan, seria a quebra do sigilo de 34 telefones. Um pedido de urgência foi enviado à delegada, que não atendeu à sugestão do policial. A delegada não foi localizada ontem.
O advogado de Gomes da Silva, Roberto Podval, disse ontem que irá pedir à Procuradoria Geral de Justiça o afastamento dos promotores. "Depois de três, quatro anos no caso, eles já não têm mais a imparcialidade necessária para investigar. Eles deveriam se afastar", afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o caso Celso Daniel
Testemunhas apontam novos suspeitos no caso Celso Daniel
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da Folha de S.Paulo
Duas novas testemunhas cujos depoimentos foram ignorados no inquérito sobre a morte do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT) afirmaram que outros suspeitos, ainda não identificados, participaram do assassinato do petista.
A declaração é importante porque, quando a delegada Elisabete Sato, do 78º Distrito Policial de São Paulo, reabriu o caso, em agosto de 2005, tinha como missão descobrir novos envolvidos. Em setembro, sem cumprir dez pedidos de investigação, a policial pediu o arquivamento por falta de provas.
No ano passado, na CPI dos Bingos, Sato disse que tinha "convicção" do envolvimento de outras pessoas no crime e que seu objetivo era descobrir isso. Hoje, quase cinco anos depois do assassinato de Daniel, ainda não se sabe quem eram os responsáveis pelo cativeiro em que o petista foi torturado.
Dos oito homens que já respondem pelo crime na Justiça, um (o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva) é apontado como o suposto mandante e os demais, como os seqüestradores.
Uma das novas testemunhas ouvidas pelo Ministério Público é José Carlos Barros, parceiro de crime de Dionísio Severo --morto na prisão, Dionísio é tido como o elo entre o ex-segurança e a quadrilha.
Barros disse ter visto um homem conhecido como "Carioca" entregar duas pistolas à mulher de Dionísio dias antes do crime. "Carioca" é suspeito de ter participado da morte.
A Promotoria ouviu também a mulher de um dos presos, que disse que o marido foi chamado de última hora para participar da ação criminosa. A pessoa que estava escalada, cuja identidade a polícia desconhece, havia faltado ao encontro.
A "melhor pista" para descobrir os criminosos do cativeiro, segundo o investigador Marcos Antonio Badan, seria a quebra do sigilo de 34 telefones. Um pedido de urgência foi enviado à delegada, que não atendeu à sugestão do policial. A delegada não foi localizada ontem.
O advogado de Gomes da Silva, Roberto Podval, disse ontem que irá pedir à Procuradoria Geral de Justiça o afastamento dos promotores. "Depois de três, quatro anos no caso, eles já não têm mais a imparcialidade necessária para investigar. Eles deveriam se afastar", afirmou.
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