Publicidade
Publicidade
24/11/2006
-
14h35
EPAMINONDAS NETO
FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que quando é oposição tudo parece fácil. Ontem, em encontro com governadores de 16 Estados e dois vices, Lula pediu para os partidos deixarem para fazer oposição em 2010. Essa declaração irritou a oposição.
"Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
O governador reeleito de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse ontem à noite que só quem não gosta da democracia rejeita oposição.
"Oposição é sempre. Só quem não gosta da democracia é que rejeita a oposição", disse Aécio após se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com o senador Tasso Jereissati (CE), presidente da legenda, e com o ex-governador Geraldo Alckmin.
Tasso Jereissati sinalizou que, apesar dos "acenos" do presidente Lula, o diálogo com o PSDB será difícil. Segundo ele, os governadores do PSDB têm o dever de conversar com o presidente, mas não a obrigação. "Eu não tenho esse dever, eu não sou governador."
Encontros
Tasso afirmou ontem à noite que um possível diálogo com Lula ocorreria de forma institucional, a partir de uma "pauta" e não confirmou se aceitaria um convite para o ir ao Planalto.
"A mim, ele ainda não chamou. No dia em que ele chamar, nós vamos discutir. Em princípio, nossa posição é: oposição dentro do contexto de civilidade", respondeu ele.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, defendeu nesta sexta-feira que, apesar do "ressentimento" provocado pela "derrota tão acachapante" nas eleições, a oposição deveria aceitar as tentativas de aproximação do presidente Lula.
Segundo ele, não está mais em jogo a disputa entre oposição e governo, e sim o "programa para que o Brasil tenha 5% de crescimento no ano que vem".
Na opinião do ministro, esta agenda comum em prol do desenvolvimento será boa até para os opositores. "Isso interessa para todo mundo, inclusive para os prováveis candidatos da oposição [em 2010], porque eles vão poder navegar em um país com mais sustentabilidade, mais crescimento, portanto, com com mais capacidade de debate político."
Leia mais
Ministro do STF acusa ex-ministro de lobby
Governo trabalha para tirar Jefferson do comando do PTB
Testemunhas apontam novos suspeitos no caso Celso Daniel
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Após críticas do PSDB, Lula diz que é fácil ser oposição
Publicidade
FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que quando é oposição tudo parece fácil. Ontem, em encontro com governadores de 16 Estados e dois vices, Lula pediu para os partidos deixarem para fazer oposição em 2010. Essa declaração irritou a oposição.
"Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
O governador reeleito de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse ontem à noite que só quem não gosta da democracia rejeita oposição.
"Oposição é sempre. Só quem não gosta da democracia é que rejeita a oposição", disse Aécio após se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com o senador Tasso Jereissati (CE), presidente da legenda, e com o ex-governador Geraldo Alckmin.
Tasso Jereissati sinalizou que, apesar dos "acenos" do presidente Lula, o diálogo com o PSDB será difícil. Segundo ele, os governadores do PSDB têm o dever de conversar com o presidente, mas não a obrigação. "Eu não tenho esse dever, eu não sou governador."
Encontros
Tasso afirmou ontem à noite que um possível diálogo com Lula ocorreria de forma institucional, a partir de uma "pauta" e não confirmou se aceitaria um convite para o ir ao Planalto.
"A mim, ele ainda não chamou. No dia em que ele chamar, nós vamos discutir. Em princípio, nossa posição é: oposição dentro do contexto de civilidade", respondeu ele.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, defendeu nesta sexta-feira que, apesar do "ressentimento" provocado pela "derrota tão acachapante" nas eleições, a oposição deveria aceitar as tentativas de aproximação do presidente Lula.
Segundo ele, não está mais em jogo a disputa entre oposição e governo, e sim o "programa para que o Brasil tenha 5% de crescimento no ano que vem".
Na opinião do ministro, esta agenda comum em prol do desenvolvimento será boa até para os opositores. "Isso interessa para todo mundo, inclusive para os prováveis candidatos da oposição [em 2010], porque eles vão poder navegar em um país com mais sustentabilidade, mais crescimento, portanto, com com mais capacidade de debate político."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice