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25/11/2006
-
13h40
FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar neste sábado que não tem pressa para definir seu novo ministério, mas fez questão de tranqüilizar os militantes petistas no sentido de que o partido continuará tendo espaço no governo.
"Esse é um problema que nós vamos deixar para discutir quando tiver que discutir", disse Lula sobre a formação do novo ministério.
O presidente participou hoje da reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo. Ele deu um recado claro à platéia formada por membros do partido. "Não aceitem esta bobagem de provocação de que o PT vai ser menor no governo."
Lula disse que sua relação com o PT é uma "coisa entranhada". "Como é que eu posso sair do PT se o PT não sai de mim?", questionou.
Antes de o presidente falar, Marco Aurélio Garcia, presidente do PT, havia feito duras críticas àqueles que defendem a "despetização" do governo. "Fala-se de despetização quase como se falasse de desratizar algo", disse Garcia.
Para ele, o governo de coalizão não pode se basear "na distribuição fisiológica de cargos", mas na "aprofundação do processo de democratização do país".
Sacrifício
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, no entanto, afirmou que, para a formação de um governo de coalizão, o PT vai ter que fazer sacrifícios. "O PT terá maturidade para entender que se o presidente precisa ampliar, ele não vai ampliar pedindo sacrifício aos aliados, vai ter que pedir sacrifício ao seu próprio partido."
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), por sua vez, também deixou escapar que o PT vai perder cargos no governo, embora tenha ressaltado que isso não significa "desqualificação".
"No método de coalizão programática, aumentam os espaços dos partidos que serão base do governo. Isso não significa que vai haver uma desqualificação da participação do PT. O PT hoje no governo teve status muito significativo."
Segundo ela, a coalizão programática significa "a co-responsabilidade entre os partidos e aliados pelo conjunto do governo". Dilma classificou esta proposta do governo como um novo método, inclusive como um "aprofundamento da democracia brasileira e de fortalecimento dos partidos".
Diálogo
Lula voltou a afirmar que pretende dialogar com todos os setores da sociedade e que terá como prioridade criar uma agenda para "destravar o país".
Segundo ele, o Brasil precisa crescer mais e não pode se contentar apenas com o sucesso de programas sociais, como o Bolsa Família e o Luz para Todos.
Para o presidente, alcançar maiores índices de crescimento significará "fazer jus à renovação de confiança que o povo nos deu".
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Lula tranqüiliza petistas afirmando que partido terá espaço no governo
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"Esse é um problema que nós vamos deixar para discutir quando tiver que discutir", disse Lula sobre a formação do novo ministério.
O presidente participou hoje da reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo. Ele deu um recado claro à platéia formada por membros do partido. "Não aceitem esta bobagem de provocação de que o PT vai ser menor no governo."
Lula disse que sua relação com o PT é uma "coisa entranhada". "Como é que eu posso sair do PT se o PT não sai de mim?", questionou.
Antes de o presidente falar, Marco Aurélio Garcia, presidente do PT, havia feito duras críticas àqueles que defendem a "despetização" do governo. "Fala-se de despetização quase como se falasse de desratizar algo", disse Garcia.
Para ele, o governo de coalizão não pode se basear "na distribuição fisiológica de cargos", mas na "aprofundação do processo de democratização do país".
Sacrifício
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, no entanto, afirmou que, para a formação de um governo de coalizão, o PT vai ter que fazer sacrifícios. "O PT terá maturidade para entender que se o presidente precisa ampliar, ele não vai ampliar pedindo sacrifício aos aliados, vai ter que pedir sacrifício ao seu próprio partido."
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), por sua vez, também deixou escapar que o PT vai perder cargos no governo, embora tenha ressaltado que isso não significa "desqualificação".
"No método de coalizão programática, aumentam os espaços dos partidos que serão base do governo. Isso não significa que vai haver uma desqualificação da participação do PT. O PT hoje no governo teve status muito significativo."
Segundo ela, a coalizão programática significa "a co-responsabilidade entre os partidos e aliados pelo conjunto do governo". Dilma classificou esta proposta do governo como um novo método, inclusive como um "aprofundamento da democracia brasileira e de fortalecimento dos partidos".
Diálogo
Lula voltou a afirmar que pretende dialogar com todos os setores da sociedade e que terá como prioridade criar uma agenda para "destravar o país".
Segundo ele, o Brasil precisa crescer mais e não pode se contentar apenas com o sucesso de programas sociais, como o Bolsa Família e o Luz para Todos.
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