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26/11/2006 - 11h27

Berzoini diz estar "absolutamente tranqüilo" em relação ao escândalo do dossiê

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, reafirmou na manhã deste domingo, ao chegar à reunião do Diretório Nacional do partido, que está "absolutamente tranqüilo" em relação ao escândalo da compra de um dossiê contra políticos tucanos.

Reportagem publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo afirma que, após dois meses de investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal firmaram a convicção de que a decisão pela compra do dossiê partiu de Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito do dossiegate, apresentará novo relatório parcial sobre as apurações nesta semana. Segundo a reportagem, o documento não responsabilizará nem envolverá diretamente Lula.

"Desde o começo declaro com tranqüilidade a minha total isenção em relação a isso e quero aguardar, também com tranqüilidade, o final das apurações. O importante é que haja uma investigação correta, com critérios, e que nós possamos saber a verdade", disse o presidente licenciado do PT.

Berzoini ainda tentou minimizar a reportagem e afirmou que Curado disse ao seu advogado Fernando Tiburcio que as informações não procedem. "É uma matéria que não cita fontes nem tem aspas. Portanto, pressupõe que quem tem que demonstrar se isso é verdade ou não é a Polícia Federal ou o jornal", disse.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), ressaltou que, embora considere suficiente a declaração do advogado, neste momento o sentimento da maior parte dos militantes é que o partido precisa ser preservado e, portanto, Berzoini mantido fora da presidência da legenda.

"Eu creio que ele mantém este respeito, mas evidentemente que esse respeito não leva ao ponto de, nesta fase e a qualquer custo, o conjunto [do partido] bancar a volta dele para a presidência", disse Chinaglia.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), por sua vez, disse considerar "satisfatória" a "negativa do delegado de polícia". Segundo ela, o partido espera a conclusão das investigações para tomar uma decisão sobre o caso.

"As investigações não estão concluídas, portanto, não iremos tomar nenhuma medida", disse.

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