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26/11/2006 - 15h31

Garcia chama de "ficção" denúncia contra Berzoini no caso dossiê

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, tentou neste domingo desqualificar as denúncias contra o deputado federal Ricardo Berzoini, que está licenciado da presidência do partido desde que estourou o escândalo da compra de um dossiê contra políticos tucanos.

Reportagem publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo afirma que, após dois meses de investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal firmaram a convicção de que a decisão pela compra do dossiê partiu de Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito do dossiegate, apresentará novo relatório parcial sobre as apurações nesta semana. Segundo a reportagem, o documento não responsabilizará nem envolverá diretamente Lula.

De forma irônica, Garcia chamou a matéria de uma "obra de ficção" e lembrou que o advogado de Berzoini, Fernando Tiburcio, disse que a própria PF negou a existência do relatório citado.

"Estas denúncias, inclusive, foram desqualificadas até por parte dos supostos denunciantes. Eu acho que domingo é um dia propício para ficção, então é normal que apareçam algumas obras de ficção na imprensa", disse ao término da reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo.

3º Congresso

A legenda decidiu hoje antecipar a convocação do 3º Congresso do PT para os dias 6, 7 e 8 de julho de 2007, em Brasília. Inicialmente, o evento estava previsto para o final de 2007.

Apesar disso, Garcia negou que a decisão tenha sido tomada para agilizar a troca da direção do partido. "Eventualmente, esta questão pode aparecer no Congresso, mas este não é um tema que está sendo discutido no momento atual."

Diferentemente do que afirmou o presidente interino do PT, o deputado federal eleito pelo PT Jilmar Tatto (SP) disse que uma das pautas definidas para o encontro será a antecipação das eleições gerais do partido.

Segundo Tatto, isso é necessário para que se evite que a escolha da direção do PT coincida com períodos eleitorais. Ele negou, no entanto, que a questão envolvendo Berzoini tenha precipitado este debate. "A antecipação do processo de eleição direta dos filiados independe desta questão da interinidade que está atualmente a presidência do PT."

Eleição indireta

Sobre os rumores de que o partido estuda escolher no 3º Congresso uma nova direção de forma indireta, o senador reeleito Eduardo Suplicy (PT-SP) mostrou-se contrário por considerar que a eleição direta "é um dos marcos de quão democrático é o partido". "Se for para ver uma eleição por meio indireto, então que seja de transição", afirmou.

Garcia também negou que o partido tenha discutido durante o encontro de hoje sobre a presidência da Câmara dos Deputados. Segundo ele, apesar de o PT ter "nomes de alta qualidade" para o cargo, está é "uma decisão que o PT vai tomar consultando outros partidos que integram a base de sustentação do governo".

Na mesma linha, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy negou que o partido esteja preocupado com cargos no segundo mandato do presidente Lula. Para ela, o importante é garantir a "governabilidade".

"O presidente é do PT, o governo é do PT. O presidente, conseguindo criar um governo que possa produzir frutos para o país, o PT ganha."

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