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28/11/2006 - 14h54

CPI começa a ouvir Gedimar Passos sobre dossiê

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da Folha Online, em Brasília

A CPI dos Sanguessugas começou a ouvir o ex-policial federal Gedimar Passos sobre o episódio da compra do suposto dossiê antitucano por integrantes do PT. Em seguida, a CPI deve ouvir o ex-assessor de imprensa do senador Aloizio Mercadante, Hamilton Lacerda.

Gedimar Passos foi detido pela Polícia Federal, em setembro, durante uma operação para tentar comprar documentos que supostamente comprovariam a ligação de políticos tucanos, entre eles o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra.

Os integrantes da comissão de inquérito já ouviram Valdebran Padilha, que foi detido junto com Gedimar e seria um dos intermediários na operação de compra e venda do dossiê.

Já Hamilton Lacerda, que foi coordenador de comunicação da campanha de Mercadante ao governo estadual, teria articulado a publicação de reportagem da revista "IstoÉ" contra Serra (PSDB), sobre o suposto envolvimento do tucano no esquema da máfia dos sanguessugas.

O delegado Diógenes Curado, que comanda as investigações do dossiê, pediu ontem para a Justiça Federal uma prorrogação de 30 dias para concluir o inquérito. Seria a segunda prorrogação.

A Polícia Federal quer centrar as investigações no PT de São Paulo. No relatório parcial, Curado informa que a PF quer ouvir o presidente do diretório paulista PT, Paulo Frateschi, além dos tesoureiros do partido no Estado e da campanha de Aloizio Mercadante ao governo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente.

No relatório, a PF indicia o advogado Gedimar Pereira Passos por supressão de documentos. Policial federal aposentado, Gedimar trabalhava na campanha de reeleição do presidente Lula.

A PF também indicia os donos da casa de câmbio Vicatur, Fernando Ribas e Sirlei Chaves. Parte do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê teria saído da casa de câmbio do Rio de Janeiro, que utilizou laranjas para esconder a identidade dos compradores dos dólares. A PF apreendeu U$ 248 mil com petistas --parte do R$ 1,7 milhão--, que seria usado na operação.

O relatório informa ainda que há indícios de que Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo, por isso as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao STF (Supremo Tribunal Federal). Como tem foro privilegiado por ser deputado, um processo contra Berzoini teria que correr no STF.

O delegado informou que pediu um prazo de mais 30 dias para o inquérito pela necessidade de ouvir os tesoureiros do PT e da campanha de Mercadante. E informa que ainda não descobriu a origem do dinheiro, embora os crimes dos envolvidos já estejam listados.

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