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30/11/2006
-
13h26
da Folha Online
Ao final da reunião do Conselho de Ética da Câmara, o relator do processo contra Pedro Henry (PP-MT), deputado Mussa Demes (PFL-PI), dispensou as testemunhas de defesa e encerrou a instrução do processo contra o parlamentar.
Henry é acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O relator afirmou que deve apresentar seu parecer sobre o caso até o fim da semana que vem, mas não adiantou as conclusões.
Em depoimento hoje ao Conselho, o parlamentar negou ter apresentado emendas para beneficiar a máfia das ambulâncias. Henry disse que o veículo Blazer DLX, comprado pelo sócio da Planam Luiz Antônio Vedoin, foi emprestado.
Vedoin --sócio da Planam-- é apontado como o líder da máfia. À Polícia Federal, ele disse ter pago R$ 48 mil pela Blazer e a entregou para Henry como pagamento de uma comissão pelo direcionamento de recursos para a compra de ambulâncias da Planam na região oeste de Mato Grosso.
Darci Vedoin, pai de Luiz Antônio, disse que, entre 2005 e 2006, o deputado vendeu o veículo e restituiu à Planam o valor correspondente à compra.
Precipitação
Demes e o presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmaram que a CPI dos Sanguessugas se precipitou ao recomendar, no relatório parcial, a abertura de processos contra os parlamentares suspeitos de envolvimento na máfia das ambulâncias.
Para Izar, muitos dos deputados processados não tiveram relações com o esquema dos sanguessugas e não foram reeleitos. "O Conselho de Ética não é um tribunal de exceção. Os que erraram serão punidos, mas os que não erraram serão absolvidos."
O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que também faz parte do Conselho de Ética, afirmou que o procedimento investigatório foi realizado de forma inédita pela comissão no prazo que lhe foi concedido, de 60 dias. No entanto, concordou que, em diversos casos, a CPI deveria investigar mais a fundo.
Mesmo assim, o deputado defendeu a votação do relatório parcial. Para ele, o julgamento efetivo deve ocorrer no Conselho de Ética.
Com Agência Câmara
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Ao final da reunião do Conselho de Ética da Câmara, o relator do processo contra Pedro Henry (PP-MT), deputado Mussa Demes (PFL-PI), dispensou as testemunhas de defesa e encerrou a instrução do processo contra o parlamentar.
Henry é acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O relator afirmou que deve apresentar seu parecer sobre o caso até o fim da semana que vem, mas não adiantou as conclusões.
Em depoimento hoje ao Conselho, o parlamentar negou ter apresentado emendas para beneficiar a máfia das ambulâncias. Henry disse que o veículo Blazer DLX, comprado pelo sócio da Planam Luiz Antônio Vedoin, foi emprestado.
Vedoin --sócio da Planam-- é apontado como o líder da máfia. À Polícia Federal, ele disse ter pago R$ 48 mil pela Blazer e a entregou para Henry como pagamento de uma comissão pelo direcionamento de recursos para a compra de ambulâncias da Planam na região oeste de Mato Grosso.
Darci Vedoin, pai de Luiz Antônio, disse que, entre 2005 e 2006, o deputado vendeu o veículo e restituiu à Planam o valor correspondente à compra.
Precipitação
Demes e o presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmaram que a CPI dos Sanguessugas se precipitou ao recomendar, no relatório parcial, a abertura de processos contra os parlamentares suspeitos de envolvimento na máfia das ambulâncias.
Para Izar, muitos dos deputados processados não tiveram relações com o esquema dos sanguessugas e não foram reeleitos. "O Conselho de Ética não é um tribunal de exceção. Os que erraram serão punidos, mas os que não erraram serão absolvidos."
O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que também faz parte do Conselho de Ética, afirmou que o procedimento investigatório foi realizado de forma inédita pela comissão no prazo que lhe foi concedido, de 60 dias. No entanto, concordou que, em diversos casos, a CPI deveria investigar mais a fundo.
Mesmo assim, o deputado defendeu a votação do relatório parcial. Para ele, o julgamento efetivo deve ocorrer no Conselho de Ética.
Com Agência Câmara
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