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30/11/2006 - 22h30

Stedile diz que movimentos sociais vão pressionar mais o governo

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha

O dirigente nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile disse hoje que os movimentos sociais vão pressionar mais o governo Lula no segundo mandato. Ele disse que esse recado será levado pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira, em Brasília.

Nesse dia, os coordenadores da Coordenação de Movimentos Sociais, do qual integram as maiores entidades, como CUT, MST e UNE, terão encontro com o presidente para cobrar dele promessas de campanha, a de 2002 e a passada, e mudanças na política econômica.

Stedile disse que a divisão dos movimentos sociais no primeiro governo do PT --devido à constante "reflexão" e "brigas" entre eles para saber "qual é o rótulo do governo" petista-- e o acirramento político no país causaram a desmobilização. O esforço agora é pela união dos movimentos sociais para pressionar o governo nas ruas das cidades e também nas áreas rurais, com invasões de terras.

"Livre da pressão por impeachment, os movimentos sociais podem dedicar suas energias para melhorar as condições de vida do povo. E governo em qualquer parte do mundo é igual a panela de pressão: só funciona com muito fogo", disse Stedile. "Vai ser nesse tom. Vamos deixar claro que somos autônomos e temos moral para fazer isso."

Ele participou hoje de uma reunião dos movimentos sociais mineiros com o propósito de discutir a "letargia" deles e preparar as mobilizações de 2007, que serão mais fortes, conforme disse, em abril e maio, quando ocorrerão, respectivamente, movimentações dos sem-terra e uma grande manifestação nacional por mudanças na política econômica.

Stedile mandou recados a Lula: "O povo votou em você para fazer mudança, não foi pelos belos olhos ou pela língua travada".

Ele disse também: "Atenção presidente Lula: não nos tome por compadres. Nós não aceitamos a continuidade dessa política econômica. O povo precisa de mudanças que garanta aumento do salário mínimo e de salários em geral, distribuição de terras e garantia de emprego. Então, estamos nos unindo a favor disso e vamos pressionar para isso".

Ele cobrou promessa de Lula feita em 2003 de dobrar o valor do salário mínimo, que, conforme disse, já deveria estar em R$ 566. E criticou os assentamentos "mal e porcamente" feitos para 150 mil famílias, quando a promessa era assentar 420 mil famílias em quatro anos.

Sobre a ação do MST hoje no porto em Maceió, disse ser "cobrança das faturas antigas que já venceram há dois, três, quatro anos".

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