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04/12/2006
-
15h10
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber na próxima quinta-feira o líder venezuelano Hugo Chávez, que acaba de ser reeleito para mais um mandato em seu país.
Embora o encontro já tenha sido confirmado pelo Itamaraty, ainda não foram definidos nem o formato, nem o horário.
A reunião deve acontecer em Brasília, mas o local exato também ainda não fechado --poderá ser ou no Palácio do Planalto ou na própria sede do ministério das Relações Exteriores.
Reeleito
Resultados parciais divulgados até a noite deste domingo mostram que Chávez tem cerca de 6 milhões de votos, contra os 3,7 milhões de Manuel Rosales. A taxa de comparecimento às urnas era superior a 70%, segundo informações oficiais. O voto não é obrigatório na Venezuela.
"Reconhecemos que fomos derrotados", disse Rosales a simpatizantes de sua campanha. "Vamos continuar nossa luta."
Hugo Chávez
Chávez, 52, é um político marcado pelo tom populista que sobreviveu a diversas crises políticas e a um breve 'golpe' promovido pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e pela Fedecámaras [principal associação empresarial do país].
Em sua primeira eleição vitoriosa, em 1998, Chávez venceu com 56,2% dos votos, derrotando os tradicionais partidos políticos venezuelanos. Eleito, Chávez reformou a Constituição, o Congresso e a Justiça, e, sobretudo, irritou Washington várias vezes com o discurso antiimperialista, com suas visitas aos governantes da Líbia e ao então ditador iraquiano Saddam Hussein, e com sua amizade com Fidel Castro.
Internamente, Chávez tomou medidas polêmicas e enfrentou diversas greves e o acirramento da oposição. Em 2001, decretou uma lei que permitia a expropriação de terras improdutivas acima de 5.000 hectares e outra que aumentava os royalties pagos por empresas estrangeiras pela exploração do petróleo.
Posteriormente, para afastar uma eventual invasão externa, demonstrou sua intenção de aumentar o poder bélico da Venezuela. No ano passado, Chávez comprou 100 mil fuzis Kalashnikov do governo russo e 40 helicópteros blindados, no valor de US$ 174 milhões. Em julho deste ano, a Venezuela firmou com a Rússia um contrato de US$ 1 bilhão para a compra de armas e equipamentos militares.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber na próxima quinta-feira o líder venezuelano Hugo Chávez, que acaba de ser reeleito para mais um mandato em seu país.
Embora o encontro já tenha sido confirmado pelo Itamaraty, ainda não foram definidos nem o formato, nem o horário.
A reunião deve acontecer em Brasília, mas o local exato também ainda não fechado --poderá ser ou no Palácio do Planalto ou na própria sede do ministério das Relações Exteriores.
Reeleito
Resultados parciais divulgados até a noite deste domingo mostram que Chávez tem cerca de 6 milhões de votos, contra os 3,7 milhões de Manuel Rosales. A taxa de comparecimento às urnas era superior a 70%, segundo informações oficiais. O voto não é obrigatório na Venezuela.
"Reconhecemos que fomos derrotados", disse Rosales a simpatizantes de sua campanha. "Vamos continuar nossa luta."
Hugo Chávez
Chávez, 52, é um político marcado pelo tom populista que sobreviveu a diversas crises políticas e a um breve 'golpe' promovido pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e pela Fedecámaras [principal associação empresarial do país].
Em sua primeira eleição vitoriosa, em 1998, Chávez venceu com 56,2% dos votos, derrotando os tradicionais partidos políticos venezuelanos. Eleito, Chávez reformou a Constituição, o Congresso e a Justiça, e, sobretudo, irritou Washington várias vezes com o discurso antiimperialista, com suas visitas aos governantes da Líbia e ao então ditador iraquiano Saddam Hussein, e com sua amizade com Fidel Castro.
Internamente, Chávez tomou medidas polêmicas e enfrentou diversas greves e o acirramento da oposição. Em 2001, decretou uma lei que permitia a expropriação de terras improdutivas acima de 5.000 hectares e outra que aumentava os royalties pagos por empresas estrangeiras pela exploração do petróleo.
Posteriormente, para afastar uma eventual invasão externa, demonstrou sua intenção de aumentar o poder bélico da Venezuela. No ano passado, Chávez comprou 100 mil fuzis Kalashnikov do governo russo e 40 helicópteros blindados, no valor de US$ 174 milhões. Em julho deste ano, a Venezuela firmou com a Rússia um contrato de US$ 1 bilhão para a compra de armas e equipamentos militares.
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