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05/12/2006
-
19h14
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A bancada do PT na Câmara lançou hoje o nome do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para disputar a Presidência da Casa. Embora a decisão tenha sido por aclamação, parlamentares independentes da legenda criticaram o fato de não ter havido discussão sobre a escolha do candidato.
No início da reunião, foi distribuída uma nota na qual se informava que o nome do partido seria o de Chinaglia, o que causou constrangimentos.
Segundo apurou a Folha Online, ao receber a nota, o deputado Walter Pinheiro (PT-BA) reagiu com uma irônica gargalhada. "Assim é fato consumado!", disse ele se retirando da reunião.
Pinheiro era um dos que iriam colocar seu nome para a disputa. Parlamentares que se intitulam como "independentes" se queixaram de a decisão ter sido tomada de cima para baixo.
Pela manhã, antes da reunião da bancada, o conselho político do partido deliberou que o PT lançaria Chinaglia. "A decisão do conselho foi tomada sem compartilhar da avaliação da bancada. Quem viveu cinco crises e erros foi a bancada e não o conselho", disse o deputado Paulo Rubem Santiago (PE).
Segundo ele, o problema não é com a candidatura de Chinaglia, mas o momento e a forma como ela foi lançada. "O partido não pode correr o risco de expor o líder do governo ao lança-lo num cenário imprevisível", disse.
A preocupação é a candidatura do petista não encontrar respaldo nos demais partidos da base. Neste caso, alguns petistas questionam de que forma o partido irá agir. "Vamos retirar a candidatura?", questionou Paulo Rubem.
Alguns petistas avaliam que há excesso de confiança na bancada, que ao lançar Chinaglia sem antes negociar com a base não leva em conta que o partido ainda está fragilizado na Casa por causa dos escândalos que enfrentou.
Até mesmo os petistas da mesma corrente de Chinaglia admitiram que a candidatura dele não tem o apoio de 100% da bancada, mas que não havia clima na reunião para se lançar outro nomes.
Panos quentes
O líder do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), disse que as divergências são naturais, mas negou que na bancada haja restrições ao nome do líder. "A bancada teve todo o espaço que poderia ter. Nós chegamos a um nome que representa o partido. A divergência é legítima, compreensível, mas conseguimos construir uma posição unitária", disse.
Segundo o líder, o objetivo é conquistar o apoio dos demais partidos aliados à candidatura do petista. Fontana sinalizou que se não houver consenso em torno de Chinaglia, o PT deverá apoiar outro candidato.
"Vamos aguardar a posição de cada um dos partidos. Nosso papel é participar do diálogo colocando as qualidades da nossa candidatura", disse.
Sobre as candidaturas dos demais partidos aliados, Fontana observou que "um partido que entra na disputa não tem o direito de vetar ninguém".
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PT impõe à bancada candidatura de Chinaglia à presidência da Câmara
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da Folha Online, em Brasília
A bancada do PT na Câmara lançou hoje o nome do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para disputar a Presidência da Casa. Embora a decisão tenha sido por aclamação, parlamentares independentes da legenda criticaram o fato de não ter havido discussão sobre a escolha do candidato.
No início da reunião, foi distribuída uma nota na qual se informava que o nome do partido seria o de Chinaglia, o que causou constrangimentos.
Segundo apurou a Folha Online, ao receber a nota, o deputado Walter Pinheiro (PT-BA) reagiu com uma irônica gargalhada. "Assim é fato consumado!", disse ele se retirando da reunião.
Pinheiro era um dos que iriam colocar seu nome para a disputa. Parlamentares que se intitulam como "independentes" se queixaram de a decisão ter sido tomada de cima para baixo.
Pela manhã, antes da reunião da bancada, o conselho político do partido deliberou que o PT lançaria Chinaglia. "A decisão do conselho foi tomada sem compartilhar da avaliação da bancada. Quem viveu cinco crises e erros foi a bancada e não o conselho", disse o deputado Paulo Rubem Santiago (PE).
Segundo ele, o problema não é com a candidatura de Chinaglia, mas o momento e a forma como ela foi lançada. "O partido não pode correr o risco de expor o líder do governo ao lança-lo num cenário imprevisível", disse.
A preocupação é a candidatura do petista não encontrar respaldo nos demais partidos da base. Neste caso, alguns petistas questionam de que forma o partido irá agir. "Vamos retirar a candidatura?", questionou Paulo Rubem.
Alguns petistas avaliam que há excesso de confiança na bancada, que ao lançar Chinaglia sem antes negociar com a base não leva em conta que o partido ainda está fragilizado na Casa por causa dos escândalos que enfrentou.
Até mesmo os petistas da mesma corrente de Chinaglia admitiram que a candidatura dele não tem o apoio de 100% da bancada, mas que não havia clima na reunião para se lançar outro nomes.
Panos quentes
O líder do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), disse que as divergências são naturais, mas negou que na bancada haja restrições ao nome do líder. "A bancada teve todo o espaço que poderia ter. Nós chegamos a um nome que representa o partido. A divergência é legítima, compreensível, mas conseguimos construir uma posição unitária", disse.
Segundo o líder, o objetivo é conquistar o apoio dos demais partidos aliados à candidatura do petista. Fontana sinalizou que se não houver consenso em torno de Chinaglia, o PT deverá apoiar outro candidato.
"Vamos aguardar a posição de cada um dos partidos. Nosso papel é participar do diálogo colocando as qualidades da nossa candidatura", disse.
Sobre as candidaturas dos demais partidos aliados, Fontana observou que "um partido que entra na disputa não tem o direito de vetar ninguém".
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