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06/12/2006
-
09h38
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O delegado responsável pelo inquérito do dossiegate, Diógenes Curado, vai entregar hoje à CPI dos Sanguessugas o que considera prova irrefutável de que o então coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, Hamilton Lacerda, usou um celular "frio" --em nome de Ana Paula Cardoso Vieira-- durante a negociação do dossiê contra o PSDB.
Curado, segundo a Folha apurou, vai repassar um DVD com cenas de Lacerda falando ao celular no mesmo horário em que o telefone em nome de Ana Paula liga para Gedimar Passos, emissário do PT encarregado de pagar pelo dossiê.
O advogado de Lacerda, Edson Junji Torihara, negou que seu cliente tenha usado o celular de Ana Paula ou de outra pessoa. Ouvida pela PF, Ana Paula negou conhecer Lacerda.
Há também o cruzamento das imagens com a localização de Lacerda, a partir de chamadas de seu celular, e das ligações feitas do número de Ana Paula, sempre coincidentes.
O cenário é o hotel Ibis Congonhas, em São Paulo, onde Gedimar e Valdebran Padilha foram presos em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão usado na tentativa de compra do dossiê. Lacerda foi flagrado pelas câmeras do circuito interno de TV do hotel com malas, no entendimento da PF, usadas para levar o dinheiro a Gedimar.
Telefonemas
Na manhã do dia 13 de setembro, às 8h46, Lacerda recebe uma ligação em seu celular pessoal. A chamada foi completada a partir da antena da operadora de telefonia instalada na rua Moaci, número 1093, a poucas quadras do hotel Ibis.
Quatro minutos depois, o número em nome de Ana Paula liga para Gedimar. A chamada foi feita por meio da antena localizada na rua Henrique Fausto Lancellotti, a poucas quadras do hotel e bem próxima ao endereço da antena da operadora do celular de Lacerda. A ligação durou 20 segundos.
Menos de um minuto depois, Gedimar desce de elevador até o térreo do hotel. Logo em seguida, Lacerda entra no hotel, com a mala na qual haveria a parte em reais do dinheiro (R$ 1,168 milhão).
Na madrugada do dia 15, Lacerda volta ao hotel, com uma maleta na mão direita e duas sacolas na mão esquerda. Segundo a PF, a maleta conteria a parcela em dólares (US$ 248,8 mil). À 0h09, Lacerda entra no hotel, senta-se num sofá na recepção e usa o celular por quatro minutos. À 0h10, o celular em nome de Ana Paula completa uma ligação para Gedimar. À 0h12, o telefone de Ana Paula faz outra ligação para Gedimar. Um minuto depois ele desce e se encontra com Lacerda.
Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram na noite de ontem, por 4 votos contra 3, liberar aos advogados do candidato derrotado à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) acesso às cópias do inquérito que trata da compra por petistas do dossiê.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O delegado responsável pelo inquérito do dossiegate, Diógenes Curado, vai entregar hoje à CPI dos Sanguessugas o que considera prova irrefutável de que o então coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, Hamilton Lacerda, usou um celular "frio" --em nome de Ana Paula Cardoso Vieira-- durante a negociação do dossiê contra o PSDB.
Curado, segundo a Folha apurou, vai repassar um DVD com cenas de Lacerda falando ao celular no mesmo horário em que o telefone em nome de Ana Paula liga para Gedimar Passos, emissário do PT encarregado de pagar pelo dossiê.
O advogado de Lacerda, Edson Junji Torihara, negou que seu cliente tenha usado o celular de Ana Paula ou de outra pessoa. Ouvida pela PF, Ana Paula negou conhecer Lacerda.
Há também o cruzamento das imagens com a localização de Lacerda, a partir de chamadas de seu celular, e das ligações feitas do número de Ana Paula, sempre coincidentes.
O cenário é o hotel Ibis Congonhas, em São Paulo, onde Gedimar e Valdebran Padilha foram presos em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão usado na tentativa de compra do dossiê. Lacerda foi flagrado pelas câmeras do circuito interno de TV do hotel com malas, no entendimento da PF, usadas para levar o dinheiro a Gedimar.
Telefonemas
Na manhã do dia 13 de setembro, às 8h46, Lacerda recebe uma ligação em seu celular pessoal. A chamada foi completada a partir da antena da operadora de telefonia instalada na rua Moaci, número 1093, a poucas quadras do hotel Ibis.
Quatro minutos depois, o número em nome de Ana Paula liga para Gedimar. A chamada foi feita por meio da antena localizada na rua Henrique Fausto Lancellotti, a poucas quadras do hotel e bem próxima ao endereço da antena da operadora do celular de Lacerda. A ligação durou 20 segundos.
Menos de um minuto depois, Gedimar desce de elevador até o térreo do hotel. Logo em seguida, Lacerda entra no hotel, com a mala na qual haveria a parte em reais do dinheiro (R$ 1,168 milhão).
Na madrugada do dia 15, Lacerda volta ao hotel, com uma maleta na mão direita e duas sacolas na mão esquerda. Segundo a PF, a maleta conteria a parcela em dólares (US$ 248,8 mil). À 0h09, Lacerda entra no hotel, senta-se num sofá na recepção e usa o celular por quatro minutos. À 0h10, o celular em nome de Ana Paula completa uma ligação para Gedimar. À 0h12, o telefone de Ana Paula faz outra ligação para Gedimar. Um minuto depois ele desce e se encontra com Lacerda.
Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram na noite de ontem, por 4 votos contra 3, liberar aos advogados do candidato derrotado à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) acesso às cópias do inquérito que trata da compra por petistas do dossiê.
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