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12/12/2006
-
09h34
KENNEDY ALENCAR
VALDO CRUZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu apoiar a recondução do diretor-presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), Paulo Okamotto, seu amigo e ex-tesoureiro em campanhas eleitorais.
A decisão foi informada ontem ao ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), que desejava controlar o órgão como forma de se fortalecer para o segundo mandato. Lula, porém, disse que desejava manter o amigo no posto sob o argumento de que ele contava com o apoio de empresários.
A audiência entre Lula e Furlan foi mais um gesto do presidente para tentar manter o ministro no governo. A tendência, hoje, é que Furlan permaneça. No entanto, ainda negocia em quais condições. Por exemplo: pediu a Lula que indique o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Desde que assumiu o cargo, Furlan nunca teve controle sobre o banco, apesar de a instituição ser formalmente ligada à sua pasta. Primeiro presidente do BNDES na gestão Lula, o economista Carlos Lessa protagonizou disputas públicas com o ministro. Acabou substituído por um nome ligado ao próprio presidente --Guido Mantega. Ao sair do cargo para assumir a Fazenda, Guido indicou seu sucessor, o atual presidente do órgão, Demian Fiocca.
Agora, Furlan tem dito considerar fundamental controlar o banco para implementar um programa de desenvolvimento mais vigoroso para o segundo mandato. Sem isso, dificilmente ficará no governo.
Indiciamento
Paulo Okamotto teve pedido de indiciamento aprovado pela CPI dos Bingos, em junho último, depois de se apresentar como responsável pelo pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Lula com o PT.
A oposição apostava na permanência de Okamotto no Sebrae pelos segredos estratégicos que ele guardaria do PT e da vida financeira de Lula. Se fosse desalojado do Sebrae, Lula teria de encontrar outra lugar para ele. Hoje, Okamotto deve registrar sua chapa, que será oficialmente submetida à assembléia do Sebrae na sexta-feira.
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Lula decide manter Okamotto no Sebrae
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VALDO CRUZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu apoiar a recondução do diretor-presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), Paulo Okamotto, seu amigo e ex-tesoureiro em campanhas eleitorais.
A decisão foi informada ontem ao ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), que desejava controlar o órgão como forma de se fortalecer para o segundo mandato. Lula, porém, disse que desejava manter o amigo no posto sob o argumento de que ele contava com o apoio de empresários.
A audiência entre Lula e Furlan foi mais um gesto do presidente para tentar manter o ministro no governo. A tendência, hoje, é que Furlan permaneça. No entanto, ainda negocia em quais condições. Por exemplo: pediu a Lula que indique o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Desde que assumiu o cargo, Furlan nunca teve controle sobre o banco, apesar de a instituição ser formalmente ligada à sua pasta. Primeiro presidente do BNDES na gestão Lula, o economista Carlos Lessa protagonizou disputas públicas com o ministro. Acabou substituído por um nome ligado ao próprio presidente --Guido Mantega. Ao sair do cargo para assumir a Fazenda, Guido indicou seu sucessor, o atual presidente do órgão, Demian Fiocca.
Agora, Furlan tem dito considerar fundamental controlar o banco para implementar um programa de desenvolvimento mais vigoroso para o segundo mandato. Sem isso, dificilmente ficará no governo.
Indiciamento
Paulo Okamotto teve pedido de indiciamento aprovado pela CPI dos Bingos, em junho último, depois de se apresentar como responsável pelo pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Lula com o PT.
A oposição apostava na permanência de Okamotto no Sebrae pelos segredos estratégicos que ele guardaria do PT e da vida financeira de Lula. Se fosse desalojado do Sebrae, Lula teria de encontrar outra lugar para ele. Hoje, Okamotto deve registrar sua chapa, que será oficialmente submetida à assembléia do Sebrae na sexta-feira.
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